OMS: 10% dos soropositivos podem ter resistência a medicamentos contra HIV
Organização Mundial da Saúde afirma que casos de resistência a antirretrovirais aumentam; entre bebês, número chega a 50%; agência recomenda dolutegravir, aprovado desde 2019, como alternativa.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, divulgou um relatório sobre a eficácia de medicamentos contra o HIV.
De acordo com a agência da ONU, 10% dos pacientes em terapia antirretroviral podem apresentar resistência. Entre bebês de mães que têm o vírus metade não responde ao tratamento.

Causas
Segundo a OMS, até o final do ano passado, 27,5 milhões recebiam os antirretrovirais.
Em todo o mundo, 37,7 milhões vivem com o vírus. O Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Aids, Unaids, informa que mais de 10 milhões não têm acesso ao tratamento. O vírus matou mais de 680 mil pessoas em 2020.
O aumento do uso dessa alternativa elevou a resistência, pois causa a alteração na estrutura genética do HIV e afeta a capacidade dos medicamentos de bloquear a replicação do vírus.
Todos os medicamentos, incluindo os mais recentes, correm o risco de se tornarem parcial ou totalmente inativos devido ao surgimento de variantes resistentes.

Resultados
Com os resultados, a OMS recomenda a transição mais rápida para tratamentos com outro medicamento, o dolutegravir. Desde 2019, o produto está aprovado para todos as pessoas.
Para a agência, o aumento de falhas nas terapias reforça a necessidade de aumentar testes de carga viral, melhorar as prescrições e alterar os medicamentos entre os soropositivos que apresentam resistência.

Resposta
Cerca de 64% dos países estudados, que possuem alto nível de infecção pelo vírus, estão implementando ações para conter e monitorar os casos.
O compromisso foi traçado em 2017, com a estratégia de diagnosticar, tratar e suprimir a carga viral em 90%
A OMS pede que os esforços sigam em ações para prevenção de novos casos de resistência, adotando novas alternativas e evitando pausas nos tratamentos.
Além disso, a agência reforça a importância do monitoramento de casos e investimento em pesquisa.