Em Dia Internacional, Guterres pede mudanças para eliminar violência contra mulheres
Neste 25 de novembro começam também os 16 dias de ativismo contra a violência de gênero que terminam em 10 de dezembro, Dia dos Direitos Humanos.
A campanha global “Una-se pelo Fim da Violência contra as Mulheres” começa neste 25 de novembro que é o Dia Internacional para eliminação da prática.
Em mensagem de vídeo o secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu mudanças para erradicar a violência.
Insegurança
As ações são marcadas pela cor laranja, um sinal de alerta para o problema que atinge todas as classes sociais. Em 2021, o lema O mundo de laranja: Acabar com a violência contra as mulheres agora! revela que um terço de mulheres foi abusada em algum momento da vida.
E na pandemia, António Guterres lembra que o problema piorou.
Segundo ele, quase um quarto das mulheres contou que a violência aumentou durante a Covid-19. Uma proporção semelhante revelou que se sentia menos segura em casa. Para Guterres, as cicatrizes permanecerão para as próximas gerações.
O chefe da ONU vê uma relação direta entre a violência a mulheres, a opressão civil e o conflito violento. Atos como abusos, misoginia e escravidão sexual são usados como ferramentas de guerra e usados no extremismo violento.
Resultados
A ONU Mulheres publicou um relatório, realizado em 13 países, mostrando que dois terços das mulheres sofreram algum tipo de violência e são mais propensas à insegurança alimentar.
O secretário-geral António Guterres diz que esse tipo de violação continua sendo a questão mais prevalente dos dias atuais.
O chefe da ONU afirma que a violência contra as mulheres não é inevitável e políticas e programas certos geram resultados.

Estratégias abrangentes e de longo prazo protegem os direitos das mulheres e meninas e promovem movimentos fortes.
União Europeia
Guterres ressalta que esse é o modelo usado pelas Nações Unidas na Iniciativa Spotlight, uma parceria com a União Europeia.
Pelo menos 84 leis e políticas foram aprovadas ou fortalecidas e mais de 650 mil mulheres e meninas ganharam acesso a serviços contra a violência de gênero, mesmo durante a pandemia.
As Nações Unidas alertam que o problema agrava em situações como a pandemia, crises humanitárias, conflitos e desastres climáticos.
Um outro desafio é reportar esses atos: apenas uma em cada 10 mulheres disse que procuraria a polícia para ajudar, se fosse vítima.
