Gastos militares globais rondam US$ 2 trilhões por ano
Secretário-geral defende uma fracção desse total seja usada para consolidar a paz, prevenir conflitos e promover o desenvolvimento humano, a igualdade e a inclusão; temas marcaram debate desta terça-feira do Conselho de Segurança.
O Conselho de Segurança discutiu esta terça-feira o tema Manutenção da Paz e da Segurança Internacionais: Exclusão, Desigualdade e Conflitos.
O secretário-geral António Guterres declarou que sem plena inclusão e igualdade, a paz é um trabalho feito pela metade. Para esse propósito, ele defende que os países invistam no desenvolvimento de todas as pessoas ao mesmo tempo.
Gastos militares
O chefe das Nações Unidas disse que os gastos militares se aproximaram de US$ 2 trilhões por ano, tendo o maior aumento como proporção do Produto Interno Bruto anual desde 2009.
Guterres destacou como uma fração desse valor permitiria o progresso em áreas como consolidação da paz, prevenção de conflitos e desenvolvimento humano, da igualdade e da inclusão.
O secretário-geral sugeriu ainda que seja reforçada a agenda de prevenção em várias frentes para abordar os diferentes tipos de exclusão e desigualdades.
O foco seria para o monitoramento mais rigoroso das crescentes desigualdades e percepções em áreas incluindo o gênero e juventude para abordar as queixas desde o início. Nas etapas do processo de paz, desde o diálogo local e resolução de conflitos até negociações, transições e estabelecimento de instituições nacionais.
Conflito
Outra sugestão é que seja reconhecido e priorizar o papel essencial das mulheres na construção da paz. Evitar a violência, a exclusão, a opressão civil e o conflito violento.
Em quarto lugar, Guterres apelou à consolidar a confiança com instituições nacionais inclusivas e representativas. Os fundamentos seriam os direitos humanos e o Estado de direito.
A atuação seria na busca de sistemas de justiça equilibrados, instituições resilientes à corrupção e ao abuso de poder, políticas e leis protegendo os mais vulneráveis e bem como “segurança ágil, eficaz e instituições focadas em necessidades” de todos.