Representante da ONU reporta crescimento de violência de gangues no Haiti BR

Ações dificultam o acesso de ajuda humanitária no país; situação é agravada pela escassez de combustível; dados apontam que 4,3 milhões de haitianos sofrem de insegurança alimentar.
O coordenador humanitário interino do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, no Haiti, afirmou que violência, saques, bloqueios nas estradas e presença persistente de gangues armadas representam obstáculos à chegada de ajuda.
Fernando Hiraldo destacou que as ações das gangues locais, incluindo sequestros, estão impactando as operações de socorro.
Segundo o relato, a situação ainda se complica pela grave escassez de combustível e pela redução do fornecimento de mercadorias.
Hiraldo explicou que além de dificultar a resposta humanitária, a crescente insegurança também está criando outras necessidades.
Desde junho, a violência de gangues na capital Porto Príncipe deslocou pelo menos 19 mil pessoas e afetou 1,5 milhão.
De acordo com as informações do Pnud, em todo o país, desde setembro de 2021, 4,3 milhões de pessoas estavam passando por altos níveis de insegurança alimentar aguda.
O Haiti vive várias crises, incluindo o terremoto que atingiu o país em agosto, deixando mais de 2 mil mortos e 12 mil feridos. Além disso, o tremor afetou a vida de pelo menos 800 mil pessoas.