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Agência da ONU pagará salários a profissionais de saúde afegãos BR

Medida visa evitar o colapso do sistema de saúde afegão e proteger milhões de pessoas da perda de acesso aos cuidados primários
PMA/ Massoud Hossaini
Medida visa evitar o colapso do sistema de saúde afegão e proteger milhões de pessoas da perda de acesso aos cuidados primários

Agência da ONU pagará salários a profissionais de saúde afegãos

Ajuda humanitária

Pnud destaca necessidade de ajuda para evitar uma crise humanitária no Afeganistão; entidade das Nações Unidas deve administrar e desembolsar verbas doadas pelo Fundo Global para realizar pagamentos diretos.

O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, pagará salários de funcionários da saúde no Afeganistão como forma de manter funcional a infraestrutura do país.

O fluxo financeiro da ajuda internacional, que incluía o apoio ao setor, foi interrompido após a tomada do poder pelo Talibã em agosto.

Hospitais

A agência destaca que a solução temporária inclui o pagamento de salários a pelo menos 25 mil profissionais de saúde. Entre eles estão médicos, enfermeiros e outros trabalhadores atuando em milhares de hospitais e clínicas afegãs.

De acordo com o Pnud, o Fundo Global doou um total de US$ 15 milhões em outubro para fazer os pagamentos diretos como parte da iniciativa.

Pnud deverá administrar e desembolsar os fundos para garantir a continuidade dos serviços essenciais
Unicef/Sayed Bidel
Pnud deverá administrar e desembolsar os fundos para garantir a continuidade dos serviços essenciais

 

O compromisso entre as duas partes visa preencher a lacuna atual no financiamento de doadores internacionais, evitar o colapso do sistema de saúde afegão e proteger milhões de pessoas da perda de acesso aos cuidados primários.

O Pnud deverá administrar e desembolsar os fundos para garantir a continuidade dos serviços essenciais em mais de 2,2 mil unidades em 31 províncias antes cobertas pelo projeto de saúde Sehatmandi, até então financiado pelo Banco Mundial.

Conflito e clima

Em comunicado separado, o Programa Mundial de Alimentos, PMA, destaca a dificuldade enfrentada pelos 38 milhões de afegãos enquanto “se estão adaptando a uma nova realidade no país”.

A diretora do escritório da agência no Afeganistão, Mary-Ellen McGroarty, expressou tristeza porque “ao longo das semanas, uma crise humanitária acabou por se intensificar agravar em ritmo incrível.”

A representante destaca que a crise afegã que tem suas raízes nas décadas de conflito e crescentes pressões das mudanças climáticas.