Nova estratégia de combate à meningite busca salvar 200 mil vidas por ano
Saúde
Esta é a primeira iniciativa do tipo liderada pela Organização Mundial da Saúde; meta é eliminar epidemias de meningite bacteriana até 2030 e reduzir 70% das mortes; expandir acesso às vacinas faz parte do plano.
Foi lançada nesta terça-feira, 28 de setembro, a primeira estratégia global para combater a meningite, uma doença que mata milhares de pessoas todos os anos. A iniciativa é liderada pela Organização Mundial da Saúde, OMS e por várias entidades parceiras.
As metas incluem eliminar surtos de meningite bacteriana até 2030, que é a forma mais fatal da doença, e reduzir 70% das mortes no mesmo período. Segundo a OMS, a estratégia tem o potencial de salvar mais de 200 mil vidas todos os anos.
Momento de ação
Surtos da doença afetam principalmente crianças
O “Mapa Global de Combate à Meningite até 2030” foi lançado em Genebra pela OMS e a coalisão de parceiros internacionais. Prevenir infecções e melhorar os cuidados dos afetados também fazem parte do plano.
O diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, declarou ser “o momento de combater a meningite de uma vez por todas e de ampliar, com urgência, o acesso às vacinas a liderança em pesquisas e inovação.
O chefe da OMS lembra que a meningite pode ser fatal ou deixar o paciente muito debilitado, causando “sérias consequências econômicas, sociais e de saúde”. A inflamação das membranas ao redor do cérebro e da medula espinhal é causada por uma infecção bacteriana ou viral.
Consequências para a saúde
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A forma bacteriana é a mais perigosa, segundo a OMS, chegando a matar 250 mil pessoas por ano, a maioria crianças e jovens. Entre os pacientes que sobrevivem, um entre cinco acabam tendo consequências a longo prazo, incluindo convulsões, perdas de audição ou de visão, danos neurológicos ou cognitivos.
Na última década, todas as regiões do mundo tiveram surtos de meningite, mas países da África Subsaariana são os mais afetados. A OMS lembra que já existem vacinas para evitar a infecção, mas muitas nações ainda precisam incluir o imunizante nos seus planos nacionais de vacinação.
Além de buscar alcançar uma alta taxa de imunização, o plano global pretende aumentar o financiamento para pesquisas e estratégias inovadoras de prevenção e detecção precoce dos casos.
A partir de agora, OMS e parceiros fornecerão apoio para que os países implementem o mapa, por meio de estratégias regionais e nacionais.