Conselho de Segurança pede evolução nos acordos para banir armas nucleares BR

Órgão marcou o 25º aniversário do Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares; representantes pedem que entre em vigor a eliminação de armas nucleares em todo mundo; total ultrapassa 13 mil.
O Conselho de Segurança se reuniu nesta segunda-feira, no 25º aniversário do Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares.
No evento, a ONU se juntou a apelos em favor da renovação do comprometimento dos Estados-membros no banimento de testes nucleares e proliferação de armas de destruição em massa.
Falando sobre o sucesso da iniciativa, o secretário-executivo da Organização do Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares, Robert Floyd, destacou o alto número de países aderentes.
Além disso, Floyd também ressaltou que o documento criou e sustentou uma poderosa norma contra os testes. Ele enfatizou que menos que uma dúzia de ensaios foram conduzidos desde sua adoção e apenas um país violou o acordo neste milênio.
No entanto, embora o tratado tenha 185 assinaturas, o documento ainda não está vigente pois ainda aguarda a ratificação de oito países que possuem a tecnologia. O grupo inclui Estados Unidos, China, Irã, Israel, Egito, Índia, Paquistão e Coréia do Norte.
O secretário-executivo afirmou que existe um crescente engajamento dos jovens e da sociedade civil no assunto, com o objetivo da eliminação total das armas nucleares.
Floyd argumentou que não é possível alcançar um mundo livre de armas nucleares “sem uma proibição universalmente aplicada, não discriminatória e verificável sobre testes nucleares”.
Durante seu discurso no Conselho de Segurança, a subsecretária-geral para Assuntos de Desarmamento da ONU, Izumi Nakamitsu, reforçou que ainda existem mais de 13 mil armas nucleares no mundo.
Ela lembra que existe uma “tendência preocupante” de modernização e expansão de armamentos nucleares.
Ao citar a relevância da participação dos Estados que possuem a tecnologia, Nakamitsu afirma que sem o engajamento desses países, a norma para os testes não pode ser garantida.
Para a subsecretaria-geral, os testes nucleares "causam danos duradouros a ambientes intocados, à saúde humana e a algumas das comunidades mais vulneráveis".
Além desses impactos, ela argumentou que os ensaios permitiram a melhoria e a expansão das armas nucleares, facilitando o crescimento perigoso dos arsenais.
A subsecretária-geral numerou algumas frentes de trabalho para gerenciar a questão.
Nakamitsu mencionou o engajamento dos jovens, o trabalho em colaboração com outros processos sobre armamento nuclear e o fortalecimento das capacidades técnicas do Tratado de Proibição Total de Ensaios Nucleares pela comunidade internacional.