Guterres diz que avanços globais “não podem ser ofuscados por conflitos nucleares” BR

Em celebração ao Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares, secretário-geral da ONU afirma que o mundo está diante do maior risco nuclear das últimas quatro décadas.
As Nações Unidas marcam o Dia Internacional para a Eliminação Total das Armas Nucleares em 26 de setembro.
Sobre a data, o secretário-geral, António Guterres, afirma que esforços para o impulsionar o desenvolvimento e o combate a pandemia de Covid-19 não podem ser ofuscados pelos conflitos nucleares.
Em mensagem, o chefe da ONU reforça que vivemos o momento de maior risco nuclear dos últimos quarenta anos. Ele afirma que ainda há mais de 14 mil armas nucleares no mundo.
Embora o número venha diminuindo nas últimas décadas, Guterres diz que diversos países estão aumentando o poder bélico qualitativamente. O secretário-geral menciona sinais preocupantes de uma “nova corrida armamentista”.
As Nações Unidas têm o desarmamento nuclear como um de seus objetivos mais antigos.
A organização foi palco de importantes avanços para a eliminação das armas desde a primeira resolução da Assembleia Geral.
O secretário-geral da ONU destaca que sessenta e seis anos depois, ainda não foi possível concluir o desarmamento.
Assim, Guterres afirma que esse não é um desafio superado, porém avalia que novos avanços vêm sendo implementados.
Ao citar o que chamou de ‘sinais de esperança’, ele mencionou a extensão do acordo entre Rússia e Estados Unidos, o novo Start, e o Tratado sobre a Não-proliferação de Armas Nucleares.
O líder das Nações Unidas lembra que é responsabilidade dos Estados-membros seguir construindo em cima desses avanços.
Os documentos, segundo Guterres, abrem uma ‘janela de oportunidades’ para todos os países tomarem iniciativas tangíveis para prevenir o uso e eliminar essas armas de ‘uma vez por todas’.
Um encontro de alto-nível foi agendado, no dia 28 de setembro, para debater a ameaça e a necessidade de sua eliminação.
Estados-membros devem debater a ameaça e a necessidade de sua eliminação.
Em convite, o ex-presidente da Assembleia Geral, Volkan Bozkir, encorajou a participação de representantes de todo o mundo.
A reunião acontece um dia após o fechamento dos debates gerais da Assembleia Geral, que neste ano trouxe mais de 100 chefes de Estado e de governo à sede das Nações Unidas, em Nova Iorque.