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Alerta ao G-7: “injustiça na vacinação coloca em jogo o curso da pandemia” BR

Grupo multilateral pediu ainda a todos os países que eliminem as restrições à exportação
RDIF/Stas Zalesov-Nakashidze
Grupo multilateral pediu ainda a todos os países que eliminem as restrições à exportação

Alerta ao G-7: “injustiça na vacinação coloca em jogo o curso da pandemia”

Saúde

Entidades multilaterais querem que maiores economias mundiais acelerem compartilhamento de imunizantes; pelo menos 2% de população foi inoculada em países de baixa renda, em contraste com quase metade em nações de alta renda. 

Um grupo de instituições que definem políticas globais de resposta à crise da Covid-19 pediu às nações com grandes estoques de vacinas que as compartilhassem com programas que as distribuem para nações de baixa renda. 

Nesta sexta-feira, a Força-Tarefa de Líderes Multilaterais destacou que esta é hora de agir. O argumento é que tanto o curso da pandemia como a saúde do mundo estão em jogo. 

Vacinados 

A declaração conjunta lembra que menos de 2% dos adultos foram vacinados, na maioria dos países de baixa renda, em comparação com quase 50%  nos de alta renda. 

África concentra a maioria de países sem acesso suficiente à vacina
Unicef/Francis Kokoroko
África concentra a maioria de países sem acesso suficiente à vacina

 

A Organização Mundial da Saúde e a Organização Mundial do Comércio integram o grupo que também envolve os diretores do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial.  

O comunicado realça que a atual “crise de iniquidade da vacina está causando uma divergência perigosa nas taxas de sobrevivência do Covid-19 e na economia global”. 

África concentra a maioria de países que “não podem ter acesso à vacina suficiente para cumprir as metas globais de 10% de cobertura até setembro, e 40% até o final de 2021”. A meta da União Africana é inocular 70% da população em 2022. 

Insumos 

O apelo urgente feito ao grupo das sete maiores economias mundiais é que “cumpra suas promessas de compartilhamento de vacinas”, tendo em conta que somente menos de 10% das doses prometidas foram enviadas. 

A OMS continua chamando a atenção para a desigualdade no acesso às vacinas de Covid
Aeia/Dean Calma
A OMS continua chamando a atenção para a desigualdade no acesso às vacinas de Covid

O comunicado sublinha que a entrega global das vacinas contra a Covid-19 “está progredindo em duas velocidades de forma alarmantemente diferentes.” 

O grupo pediu ainda a todos os países que eliminem as restrições à exportação e quaisquer outras barreiras comerciais aos imunizantes, bem como aos insumos médicos envolvidos em sua produção.