Unaids anuncia empreendedores do Brasil que terão verba para gerar renda
Agência defende que atividades sejam realizadas de forma sustentável por soropositivos durante pandemia; três entidades brasileiras entre os beneficiários de US$ 250 mil do Fundo de Solidariedade.
Uma verba do Programa Conjunto da ONU sobre HIV/Sida, Unaids, concedida durante a pandemia, aprovou projetos de empreendedores no Brasil.
Os selecionados são o Movimento Nacional das Cidadãs Positivas, Mncp, a Associação Social Anglicana de Solidariedade do Cerrado e o Grupo de Trabalhos em Prevenção Posithivo.
Costura
Membros do Mncp já vêm atuando para enfrentar os desafios gerados pelas medidas de isolamento social e os impactos econômicos e sociais causados no Brasil.
A coordenadora executiva, Jacqueline Côrtes, disse que os mais carentes buscam especialmente ajuda em alimentos. São pobres que vivem com HIV, sem trabalho formal ou desempregados durante a pandemia.
O Fundo de Solidariedade pretende capacitar e financiar mais de 35 mulheres soropositivas no Brasil. Elas devem atuar na confecção e venda de bonecas de pano.
Além de apoiar essas iniciativas, o Fundo incentivará o empoderamento econômico e o empreendedorismo feminino através de cursos online e treinamento vocacional.
Nos próximos meses, a iniciativa agora implementada em países como Brasil, Gana, Índia, Madagáscar e Uganda chegará a outros cantos do mundo. A meta é arrecadar mais US$ 3 milhões e US$ 5 milhões para o período entre 2021 e 2022.
Trabalho
O Fundo de Solidariedade foi lançado com US$ 250 mil para apoiar empreendimentos sociais liderados por soropositivos e membros das populações que merecem maior acompanhamento.
Trabalhadores de sexo, pessoas trans, usuários de drogas e homossexuais também estão contemplados na lista que inclui jovens mulheres de comunidades mais afetadas pelo vírus ou estejam enfrentando dificuldades especiais na pandemia.
As propostas de empreendedores sociais receberão a verba inicial em cinco países. O valor deve ajudar a “capacitá-los a a expandir iniciativas de negócios existentes ou desenvolver novos que possam gerar um valor econômico e impacto social para suas comunidades”.
A seleção envolveu o Fundo da ONU para a Infância, Unicef, e parceiros, incluindo representantes da comunidade, setor público e privado nacionais.
Eles analisaram e avaliaram o alto potencial dos empreendimentos sociais.
Oportunidade
O Unaids destaca que os 25 beneficiários demonstraram “compromisso com o desenvolvimento de soluções sustentáveis para lidar com as barreiras socioeconômicas enfrentadas pelas populações de maior risco de HIV”.
Para o diretor do Escritório de Inovação do Unaids, a fase piloto permitirá testar modelos inovadores, proporcionando às comunidades-chave uma oportunidade de abordar adequadamente o impacto imediato da pandemia.
Pradeep Kakkattil disse ainda que devem desenvolvidas atividades para gerar renda de uma forma sustentável.