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Representante da OMS explica que vacinar crianças contra a Covid ainda depende de muitos estudos BR

Uma menina de dois anos e sua mãe esperam para ver um médico em Accra, Gana
OMS/Ernest Ankomah
Uma menina de dois anos e sua mãe esperam para ver um médico em Accra, Gana

Representante da OMS explica que vacinar crianças contra a Covid ainda depende de muitos estudos

Saúde

Segundo Mariângela Simão, é um processo comum esperar mais tempo para comprovar a eficácia e segurança de qualquer vacina para os menores de idade; agência pede cuidado com adolescentes que podem ter maior risco de desenvolver forma mais severa de Covid-19. 

A Organização Mundial da Saúde, OMS, lembra que adolescentes com doenças associadas precisam ser vacinados contra o coronavírus, uma vez que têm mais riscos de desenvolver uma forma mais severa de Covid-19. 

A diretora-geral assistente para Medicamentos e Vacinação da agência explicou à ONU News que duas vacinas já foram aprovadas e podem ser aplicadas nos adolescentes: as produzidas pela Pfizer-BioNtech e pela Moderna. 

A vacina para crianças deve demorar mais tempo para ser autorizada
FAO/Fernando Reyes
A vacina para crianças deve demorar mais tempo para ser autorizada

Comprovação de eficácia   

Mariângela Simão destacou que é preciso esperar um pouco mais para se ter certeza se as vacinas são eficientes e seguras para as crianças.  

“Qualquer estudo clínico para colocar um medicamento ou uma vacina no mercado, em geral não são feitos primeiro com criança, são feitos com adultos e com crianças, adolescentes ou mulheres grávidas mais tardes. Tem que levar com cuidado, principalmente por questão de segurança. A relação de benefício em aplicar a vacina nas crianças ainda não está comprovada. Então você precisa ter mais dados, precisa ter mais estudos sobre a segurança dessas vacinas na faixa etária menor. Então vamos ter que esperar um pouco.” 

Profissional de saúde prepara uma vacina para Covid-19 na Etiópia
Unicef/NahomTesfaye
Profissional de saúde prepara uma vacina para Covid-19 na Etiópia

Casos graves são mais raros 

Mariângela Simão, que é também pediatra, explicou que às vezes pode demorar anos para ser comprovada a relação entre segurança e eficácia de vacinas ou de medicamentos em crianças. 

A representante da OMS voltou a confirmar que as crianças e aos adolescentes têm um menor risco de complicações severas pela Covid-19.