Representante da OMS explica que vacinar crianças contra a Covid ainda depende de muitos estudos
Segundo Mariângela Simão, é um processo comum esperar mais tempo para comprovar a eficácia e segurança de qualquer vacina para os menores de idade; agência pede cuidado com adolescentes que podem ter maior risco de desenvolver forma mais severa de Covid-19.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, lembra que adolescentes com doenças associadas precisam ser vacinados contra o coronavírus, uma vez que têm mais riscos de desenvolver uma forma mais severa de Covid-19.
A diretora-geral assistente para Medicamentos e Vacinação da agência explicou à ONU News que duas vacinas já foram aprovadas e podem ser aplicadas nos adolescentes: as produzidas pela Pfizer-BioNtech e pela Moderna.
Comprovação de eficácia
Mariângela Simão destacou que é preciso esperar um pouco mais para se ter certeza se as vacinas são eficientes e seguras para as crianças.
“Qualquer estudo clínico para colocar um medicamento ou uma vacina no mercado, em geral não são feitos primeiro com criança, são feitos com adultos e com crianças, adolescentes ou mulheres grávidas mais tardes. Tem que levar com cuidado, principalmente por questão de segurança. A relação de benefício em aplicar a vacina nas crianças ainda não está comprovada. Então você precisa ter mais dados, precisa ter mais estudos sobre a segurança dessas vacinas na faixa etária menor. Então vamos ter que esperar um pouco.”
Casos graves são mais raros
Mariângela Simão, que é também pediatra, explicou que às vezes pode demorar anos para ser comprovada a relação entre segurança e eficácia de vacinas ou de medicamentos em crianças.
A representante da OMS voltou a confirmar que as crianças e aos adolescentes têm um menor risco de complicações severas pela Covid-19.