OMS enviou ao Afeganistão material médico suficiente para ajudar milhares de pacientes BR

Agência faz apelo para garantia do bem-estar dos civis e segurança dos funcionários e trabalhadores de saúde; mesmo com a insegurança, OMS enviou kits para tratar feridos com queimaduras e traumas físicos e medicamentos; aumentam casos de pressão alta, desnutrição e Covid-19.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, continua enviando auxílio para o Afeganistão, apesar da insegurança no país. Nesta quarta-feira, a agência explicou que já entregou para um hospital em Cabul dezenas de kits médicos suficientes para 500 cirurgias e para tratar 750 vítimas de queimaduras.
Além disso, foram enviados medicamentos para auxiliar 10 mil pessoas nos próximos três meses.
A OMS garante continuar comprometida em manter sua presença no Afeganistão e pede às partes para respeitarem e protegerem todos os civis, trabalhadores de saúde, pacientes e hospitais, já que a segurança e o bem-estar do pessoal precisa ser prioridade.
Também nesta semana, a OMS enviou suprimentos médicos para o hospital regional de Helman e material para tratamento de cólera suficiente para 6 mil pessoas.
Segundo a agência, os casos de trauma têm aumentado no Afeganistão com a escalada do conflito. Somente em julho, 70 centros de saúde apoiados pela OMS atenderam quase 14 mil pessoas.
Junto com parceiros, a agência fez um levantamento em campo para entender quais as principais necessidades de saúde dos deslocados internos e foram enviadas equipes para fornecer cuidados médicos. Mas devido à insegurança, os trabalhos foram suspensos nas últimas 36 horas.
Na capital Cabul e em outras grandes cidades que receberam muitas pessoas que fogem da violência, já houve aumento de casos de diarreia, desnutrição, pressão alta e de Covid-19.
A OMS também destaca outro desafio: os ataques a centros de saúde: entre janeiro e julho, 26 unidades foram atingidas, causando a morte de 12 profissionais do setor.
A agência reforça que o povo do Afeganistão precisa, mais do que nunca, de apoio e solidariedade, uma vez que “os avanços dos últimos 20 anos não podem ser revertidos”.