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ONU pede respeito às liberdades durante protestos em Cuba   BR

Gestão da Covid-19 pelas autoridades é um dos temas levantados nos protestos
ONU Cuba/Raul Garces
Gestão da Covid-19 pelas autoridades é um dos temas levantados nos protestos

ONU pede respeito às liberdades durante protestos em Cuba  

Direitos humanos

Agências de notícias anunciaram dezenas de detidos após manifestações iniciadas no domingo em diferentes cidades; apelo é que jornalistas possam atuar sem assédio, violência e nem ameaças; organização tem mais de 200 funcionários atuando no país caribenho. 

As Nações Unidas pediram que “os direitos à liberdade de expressão e de reunião pacífica sejam totalmente respeitados” em Cuba, na sequência de protestos que acontecem em diferentes cidades do país.  

O porta-voz da organização, Farhan Haq, disse a jornalistas em Nova Iorque que a organização vem monitorando a situação.  

Jornalistas  

Agências de notícias informaram que dezenas de pessoas foram presas desde o fim de semana quando começaram os que são considerados os maiores protestos contra o governo realizados em décadas no país caribenho.  

Haq comentou relatos de violência na intervenção de forças de segurança. Pelo menos um jornalista foi ferido nos confrontos. 

Farhan Haq (à esquerda no pódio) disse que isse que todo o sistema ONU tem sido bastante unido nos esforços contra o Daesh
ONU/Manuel Elias
Farhan Haq (à esquerda no pódio) disse que isse que todo o sistema ONU tem sido bastante unido nos esforços contra o Daesh

 

O porta-voz da ONU disse que em todos os lugares do mundo a imprensa deve ser livre para trabalhar sem assédio, sem violência e nem ameaças, e que esse princípio também é válido para a situação cubana. 

Ao ser perguntado se a questão dos protestos seria abordada pelos membros do Conselho de Segurança, ele disse que cabe aos 15 Estados-membros decidir sobre os temas a colocar na agenda do órgão.  

A ONU tem 218 funcionários locais e internacionais liderados por um coordenador residente em Cuba. 

Reivindicações  

Agências de notícias apontam para milhares de manifestantes que reivindicam questões como o estado da economia, a falta de alimentos e remédios, o aumento dos preços e a gestão da Covid-19 pelas autoridades.  

Os relatos também dão conta da prisão de manifestantes por forças de segurança e policiais à paisana, além de interrupções de internet em toda a ilha. Imagens circulando nas redes sociais mostram cenas de detenção, espancamento e uso de spray de pimenta. 

Crianças a caminho da escola em Havana, Cuba
Foto: Radmilla Suleymanova
Crianças a caminho da escola em Havana, Cuba