ONU pede respeito às liberdades durante protestos em Cuba
Agências de notícias anunciaram dezenas de detidos após manifestações iniciadas no domingo em diferentes cidades; apelo é que jornalistas possam atuar sem assédio, violência e nem ameaças; organização tem mais de 200 funcionários atuando no país caribenho.
As Nações Unidas pediram que “os direitos à liberdade de expressão e de reunião pacífica sejam totalmente respeitados” em Cuba, na sequência de protestos que acontecem em diferentes cidades do país.
O porta-voz da organização, Farhan Haq, disse a jornalistas em Nova Iorque que a organização vem monitorando a situação.
Jornalistas
Agências de notícias informaram que dezenas de pessoas foram presas desde o fim de semana quando começaram os que são considerados os maiores protestos contra o governo realizados em décadas no país caribenho.
Haq comentou relatos de violência na intervenção de forças de segurança. Pelo menos um jornalista foi ferido nos confrontos.
O porta-voz da ONU disse que em todos os lugares do mundo a imprensa deve ser livre para trabalhar sem assédio, sem violência e nem ameaças, e que esse princípio também é válido para a situação cubana.
Ao ser perguntado se a questão dos protestos seria abordada pelos membros do Conselho de Segurança, ele disse que cabe aos 15 Estados-membros decidir sobre os temas a colocar na agenda do órgão.
A ONU tem 218 funcionários locais e internacionais liderados por um coordenador residente em Cuba.
Reivindicações
Agências de notícias apontam para milhares de manifestantes que reivindicam questões como o estado da economia, a falta de alimentos e remédios, o aumento dos preços e a gestão da Covid-19 pelas autoridades.
Os relatos também dão conta da prisão de manifestantes por forças de segurança e policiais à paisana, além de interrupções de internet em toda a ilha. Imagens circulando nas redes sociais mostram cenas de detenção, espancamento e uso de spray de pimenta.