Parlamento da Guiné-Bissau faz sessão sobre combate a drogas e entorpecentes
Reunião em cooperação com agência da ONU, Unodc, ocorreu às vésperas da comemoração do Dia Internacional sobre o tema, em 26 de junho, enaltecendo a importância de um firme compromisso coletivo de combate ao crime organizado transnacional; a lavagem de dinheiro, tráfico e consumo de drogas foram práticas destacadas.
A parceria do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime, Unodc, assinalou em 26 de junho o Dia Internacional Contra o Abuso e Tráfico de Drogas Ilícitas no plenário da Assembleia Nacional Popular.
Subordinada ao lema “Partilhar Conhecimentos sobre Drogas, Salva Vidas”, a efeméride é parte do Projeto de Combate ao Tráfico de Drogas e Crime Organizado Transnacional, apoiado pelo Fundo da Consolidação da Paz da ONU, numa implementação conjunta do Pnud, a Organização Internacional para Migrações, OIM, e Unodc.
Sinergias
A escolha do local visou despertar a consciência da classe política guineense sobre o flagelo no país e os efeitos dele decorrentes tendo em vista o reforço das sinergias entre os Deputados da Nação, Membros do Governo e Organizações Representativas da Sociedade Civil.
Para o Secretário Executivo do Observatório de Droga e Tóxicodependência o consumo da substância deve ser encarrado como uma questão de saúde, em que o consumidor é um doente que precisa de apoio para abandonar a prática, e não como uma questão penal.
Abílio Aleluia Có Júnior acredita que o tráfico e o consumo de droga tenham aumentado na nação do Oeste Africano nos últimos tempos.
Jovens
“Atualmente, há um novo tipo de droga que está a circular, o MD, a droga que tornou viral no seio da camada juvenil e isto preocupa bastante o observatório de droga por isso entendemos por bem consciencializar os deputados sobre este risco a saúde dos jovens guineenses”.
O MD é uma droga sintética feita a base de cocaína, tanto assim que o ativista cívico acredita que a cocaína estaria ainda a circular em grande quantidade no país.
Segundo ele, 25 ou mais por cento da droga que passa pelo país para outros mercados, acaba sendo consumida localmente.
Segundo a agência, a criminalidade organizada e tráfico de droga abrangem um conjunto de impactos arrasadores que ameaçam a paz e a segurança, exacerbam fragilidades estruturais e condicionam os avanços em matéria de direitos humanos e desenvolvimento sustentável.
Os dados estimam que 275 milhões de pessoas tenham consumido pelo menos uma droga ilícita em 2015, 29,5 milhões das quais sofrem perturbações ligadas ao uso da substância e 15 por cento da população mundial entre 15 e 60 anos de idade já provaram, pelo menos, uma vez algum tipo de droga.
De Bissau para a ONU News, Amatijane Candé.