OIT reúne líderes internacionais para fortalecer postos de trabalho após pandemia BR

Primeiro-ministro de Portugal, António Costa, lembra que crise global de saúde afetou mais trabalhadores informais, jovens, migrantes e mulheres; mundo perdeu 255 milhões empregos de tempo integral presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e Papa Francisco também enviaram mensagens.
O funcionamento do trabalho após a pandemia da Covid-19 é o tema de uma reunião virtual de chefes de Estado e governo e outros líderes internacionais, em Genebra, sede da Organização Internacional do Trabalho, OIT.
Representantes de entidades laborais e empregadores também discursam na Cúpula Mundo do Trabalho, nestes 17 e 18 de junho, que conclui a 109ª Conferência Internacional do Trabalho.
O evento analisa a resposta ao impacto arrasador da Covid-19 sobre o mercado e ações necessárias para construir um futuro laboral melhor para todos.
Um dos participantes na abertura foi o primeiro-ministro de Portugal, António Costa. Na mensagem, ele contou que o seu país está apoiando o treinamento de trabalhadores para um futuro ainda mais digital após a pandemia.
Uma das decisões aprovadas durante a Cimeira Social do Porto, realizada no mês passado, na Presidência de Portugal na União Europeia.
“A meta de assegurar que 60% dos trabalhadores participarão pelo menos uma vez por ano em ações de formação ao longo da próxima década. Trabalho digno e com direitos é mesmo fundamental assegurar para a dignidade da pessoa humana. Mas é também essencial e indispensável para termos uma sociedade mais resiliente, menos exposta nas suas vulnerabilidades a situações como esta da pandemia”.
Além de António Costa, participaram da abertura o Papa Francisco, o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in e o líder dos Estados Unidos, Joe Biden.
Em 2020, o mundo perdeu 255 milhões de postos de trabalho de tempo integral. A crise causada pela pandemia ameaçou milhões de empresas especialmente as de tamanho médio e pequeno.
As perdas em receitas laborais foram de US$ 3,7 trilhões.
O prejuízo lançou 108 milhões de homens e mulheres na pobreza laboral, e os mais vulneráveis são os que sofrem as piores consequências.
Para a OIT, estão em jogo não só os postos de trabalho integral ou de meio expediente, mas a proteção social de todos os trabalhadores incluindo os que atuam na economia informal.
O diretor-geral da OIT, Guy Ryder, o secretário-geral da Organização Internacional de Empregadores, Roberto Suárez Santos e a secretária da Confederação da União Internacional do Comércio, Sharan Burrow, realizaram uma conversa sobre medidas e ações para moldar o trabalho pós-pandemia.
Com a crise global, não somente a forma de produção, o trabalho a distância e o aumento do desemprego foram evidenciados como crises e oportunidades.
Para a OIT, a Covid-19 expôs problemas enraizados no mercado laboral e levou empregadores, empregados e governos a pensarem nos desafios para o multilateralismo.
Com o retorno dos trabalhadores após a pandemia, a agência da ONU recomenda uma reflexão e um plano de ação que ajudem a construir um mundo laboral com trabalho decente e justiça para todos.