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Síria: ONU quer responsabilidade criminal dos envolvidos em novo ataque a hospital   BR

Famílias sírias buscaram segurança em Afrin em janeiro de 2020, na província rural de Aleppo, depois de fugir do conflito em Idlib
Unicef/Khalil Ashawi
Famílias sírias buscaram segurança em Afrin em janeiro de 2020, na província rural de Aleppo, depois de fugir do conflito em Idlib

Síria: ONU quer responsabilidade criminal dos envolvidos em novo ataque a hospital  

Saúde

Instalações em Afrin oferecem serviços especializados com o apoio das Nações Unidas; funcionários de saúde estão entre os pelo menos 13 mortos; outros civis se encontram em estado critico após o ataque com artilharia e mísseis. 

Representantes das Nações Unidas pediram a responsabilização pelos crimes cometidos na Síria, em apelo feito esta segunda-feira na sequência de uma série de ataques incluindo ao Hospital Al-Shifa na área de Afrin. 

O coordenador residente e chefe Humanitário das Nações Unidas para o país, Imran Riza, e o coordenador Humanitário Regional para a Crise Síria, Muhannad Hadi, emitiram uma nota condenando o ato com veemência.  

Civis  

No sábado, o local foi alvo da série de bombardeios de artilharia e mísseis que mataram pelo menos 13 pessoas. Entre as vítimas estavam pelo menos dois profissionais de saúde. Outros 11 ficaram feridos no hospital juntamente com civis.  

Campo de deslocados em Aleppo, na Síria, para habitantes de Afrin.
Acnur/Antwan Chnkdji
Campo de deslocados em Aleppo, na Síria, para habitantes de Afrin.

 

Os relatos indicam que uma parteira continua em estado crítico e dão conta de graves danos no prédio, incluindo a destruição completa da clínica e das salas de parto. 

Desde 2019, o Hospital Al-Shifaa, considerado um dos maiores centros médicos do norte da Síria, foi atingido três vezes.  

Por mês, o local serve uma média de 15 mil pessoas. O atendimento inclui 350 partos e 250 cirurgias especializadas com o apoio financeiro das Nações Unidas. 

Populações  

A nota que ressalta o sofrimento vivido pelos sírios durante os 10 anos de crise destaca que “unidades de saúde deveriam ser portos seguros”.  

Os altos funcionários da ONU lembram ainda que ataques directos contra civis e infraestrutura da população, incluindo hospitais, são estritamente proibidos pelo Direito Internacional Humanitário.