Perspectiva Global Reportagens Humanas

Nações Unidas pedem investigação de ataque que matou pelo menos 14 no Peru  BR

Capital do Peru, Lima.Eleições presidenciais acontecem em duas semanas
Unsplash/Barbara Zandoval
Capital do Peru, Lima.Eleições presidenciais acontecem em duas semanas

Nações Unidas pedem investigação de ataque que matou pelo menos 14 no Peru 

Paz e segurança

Violência no centro do país ocorre duas semanas antes da reta final das eleições presidenciais; grupo rebelde de extrema esquerda, Sendero Luminoso, assumiu autoria do ataque. 

As agências das Nações Unidas no Peru pediram a abertura de uma investigação sobre o assassinato de pelo menos 14 pessoas no país sul-americano. 

Em nota, a ONU diz que todos os atores devem atuar com responsabilidade para evitar discursos de ódio.  

Resposta 

O ataque no distrito de Vizcatán de Ene, no Departamento de Junín, no centro do país, foi reivindicado pelo grupo rebelde de extrema esquerda, Sendero Luminoso. 

Nações Unidas pedem investigação de ataque que matou pelo menos 14 no Peru

A representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, María del Carmen Sacasa falou à ONU News, de Lima, sobre a resposta do Sistema das Nações Unidas no país 

“Instamos as autoridades a realizar uma investigação rápida e efetiva para levar os responsáveis à justiça. No contexto do processo eleitoral, pedimos a todos os atores que ajam de forma responsável e evitem discursos de ódio, que possam aumentar as tensões. Exortamos as forças políticas a um chamado unânime para promover a convivência pacífica, o respeito aos direitos humanos e ao Estado de direito.” 

Representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, no Peru, María del Carmen Sacasa
Pnud Peru
Representante do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, Pnud, no Peru, María del Carmen Sacasa

Duas crianças 

Segundo agências de notícias, membros do Sendero Luminoso deixaram panfletos na área do crime exigindo que os peruanos não fossem às urnas no segundo turno.  

Em 1992, vários líderes do Sendero foram assassinados por forças peruanas, mas muitos integrantes permaneceram ativos no comércio criminoso da produção e tráfico de drogas. 

Testemunhas contaram que muitos corpos foram colocados às margens de um pequeno rio local com marcas de tiros e alguns estavam carbonizados incluindo o de duas crianças.