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ONU pede justiça após morte de boina-azul na República Democrática do Congo BR

Helicóptero decola de uma base da Monusco, em Beni, Kivu do Norte, para uma missão de reconhecimento
Monusco/Abel Kavanagh
Helicóptero decola de uma base da Monusco, em Beni, Kivu do Norte, para uma missão de reconhecimento

ONU pede justiça após morte de boina-azul na República Democrática do Congo

Paz e segurança

Integrante da tropa de paz de nacionalidade malauiana perdeu a vida em ataque a acampamento da missão por rebeldes do ADF; Conselho de Segurança considera essencial que a maior operação de paz do mundo tenha as capacidades que precisa para cumprir mandato.

Uma boina-azul morreu esta segunda-feira perto da cidade de Beni, na província de Kivu do Norte, após um ataque à Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo, RD Congo.

Em nota emitida pelo seu porta-voz, o secretário-geral, António Guterres, destaca que os autores seriam membros das Forças Democráticas Aliadas, ADF. O chefe da ONU expressa condolências à família, ao governo e ao povo do país da vítima, o Maláui.

Tropas de paz da Missão das Nações Unidas na RD Congo, Monusco, patrulham Ituri.
Monusco
Tropas de paz da Missão das Nações Unidas na RD Congo, Monusco, patrulham Ituri.

Estabilidade 

Guterres assegura que a organização continuará apoiando às autoridades e ao povo congoleses nos esforços para alcançar a paz e a estabilidade no leste da RD Congo, através do representante especial no país.

Em nota separada, o Conselho de Segurança condena com veemência o ato e “todos os ataques e provocações contra a operação de paz”. Os 15 Estados-membros reiteram total apoio à ação estabilizadora e aos países com contingentes da maior missão de paz do mundo, que vem atuando com cerca de 13,3 mil militares.

Agências de notícias realçam que o ataque do grupo rebelde visava um acampamento militar da ONU.

Membros das forças de paz da Monusco foram mortos esta quarta-feira em protestos violentos no leste
ONU/Sylvain Liechti
Membros das forças de paz da Monusco foram mortos esta quarta-feira em protestos violentos no leste

Crimes de Guerra 

Tanto Guterres como o Conselho de Segurança sublinham que os atos deliberados contra as forças de manutenção da paz podem ser considerados crimes de guerra sob o direito internacional. 

O apelo às autoridades congolesas é que investiguem rapidamente o ataque e levem os responsáveis à justiça.

O Conselho realça a importância de se equipar a Monusco com as “capacidades necessárias para cumprir o seu mandato e promover a segurança e proteção das forças” de acordo com as resoluções do órgão.