RD Congo: Aliança das Civilizações quer justiça para crimes hediondos
Assassinato do clérigo Ali Amini, no sábado, é o mais recente de ataques que culminaram em 19 mortos; desde janeiro, grupos armados assassinaram cerca de 200 pessoas no leste do país africano, que é alvo de insurgência e violência.
A Aliança das Civilizações se diz chocada com o assassinato de um dos clérigos islâmicos mais importantes da República Democrática do Congo, RD Congo. Ele foi morto a tiros no sábado, em Beni, no leste do país.
Segundo agências de notícias, o crime ocorreu durante as orações dos fiéis que eram conduzidas pelo xeque Ali Amini na mesquita principal da área.
Assassinato
O líder islâmico era um forte crítico de milícias muçulmanas violentas no local onde pelo menos 19 pessoas foram mortas nos últimos dias. Desde janeiro, 200 civis perderam a vida após a ação destes grupos armados.
O alto representante da Aliança das Civilizações das Nações Unidas, Miguel Ángel Moratinos, condenou o “assassinato brutal” do representante da comunidade islâmica em Beni.
Moratinos citou os ataques violentos em aldeias vizinhas e lembrou que o clérigo “frequentemente denunciava o extremismo violento”. Ele apelou ao respeito pelo mês de jejum dos muçulmanos, Ramadã, e disse esperar que o espírito de compaixão, paz e respeito mútuo prevaleça.
Religiões e crenças
A nota lembra ainda as recomendações do Plano de Ação das Nações Unidas para a Salvaguarda dos Locais Religiosos e enfatiza “o direito inerente de todos de praticar os rituais de suas religiões ou crenças de forma livre e segura”.
A expectativa do alto representante é que os autores desses crimes hediondos sejam levados à justiça em breve.
Ele expressou solidariedades às famílias das vítimas dos ataques dos últimos dias no leste da República Democrática do Congo.