Autores em Moçambique querem mais promoção para literatura infantil BR

Neste Dia Mundial do Livro, o músico e ativista social, Stewart Sukuma, lembra que leitura contribui para as habilidades cognitivas e de comunicação assim como o entendimento e o diálogo.
A leitura, a publicação de livros e a proteção dos direitos autorais estão entre as formas de celebração deste Dia Mundial do Livro e do Direito de Autor.
A data de 23 de abril foi escolhida por ser o aniversário de morte do escritor espanhol Miguel de Cervantes e do britânico William Shakespeare.
Em Maputo, o músico e ativista social Stewart Sukuma apela a promoção da literatura infantil. Segundo ele, o melhor é começar a desenvolver o gosto pelas letras logo cedo.
“Eu gostaria muito que se promovesse a leitura infantil, porque como diz o ditado é de pequeno que se torce o pepino, não há idade para ler, vamos todos, ler e ler muito, ler sobre tudo”.
Ainda sobre a importância do livro, Sukuma recorda a sua infância falando do contributo desta ferramenta.
“Na minha infância para além de lúdico deu-me a possibilidade da fantasia, da criatividade e contribuiu muito para as minhas habilidades cognitivas e de comunicação. O contacto com os livros, o ato de sentir o cheiro, a textura e a interação com a histórias, ajudou me também a desenvolver a escrita, o vocabulário e ajudou me imenso na formação do senso critico na minha capacidade de reflexão sobre os temas que eu queria discutir”
Para o secretário-geral da Sociedade Moçambicana de Autores, José Manuel Luís Somas, esta data serve para os artistas refletirem. Ele cita os desafios da instituição que dirige.
“Temos que lutar ainda para aprovação da revisão da Lei que já está na Assembleia da República só precisa do devido acompanhamento para se chegar à parte que concerne ao debate e aprovação. Temos que consolidar também o nosso software que foi disponibilizado pela organização mundial da propriedade intelectual. Este software ajuda-nos na organização interna, sobretudo na questão da distribuição justa aos nossos autores, artistas e produtores.”
Em mais de 100 países, a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco apoia as celebrações do 23 de abril em atividades envolvendo centenas de organizações voluntárias, escolas, órgãos públicos, grupos profissionais e empresas privadas.
Na data morreram o inglês William Shakespeare e os espanhóis Miguel de Cervantes e Inca Garcilaso de la Vega em 1616. Foi também o dia em que nasceram ou morreram nomes proeminentes da literatura mundial, como Maurice Druon, Haldor Laxness, Vladimir Nabokov, Josep Pla e Manuel Mejía Vallejo.
Em 2021, a agência das Nações Unidas promove a partilha de mensagens positivas nas redes sociais com as hastags #Fiqueemcasa e #DiaMundialdoLivro #StayAtHome e #WorldBookDay.
Esta sexta-feira também começam as atividades da cidade de Tbilisi, na Geórgia, como a Capital Mundial do Livro sob o slogan Ok. Então, seu próximo livro é? O foco das ações será o uso de tecnologias modernas como ferramentas para a promoção da leitura entre jovens.
A celebração foi adotada em 1995 pela Conferência Geral da Unesco, em Paris em homenagem a livros e autores. Outra meta é incentivar ao público, e em particular aos jovens, a explorar o prazer da leitura.
De Maputo para ONU News, Ouri Pota