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Nações Unidas lembram funcionários detidos e desaparecidos  BR

Cinco soldados da paz da ONU que recentemente perderam suas vidas na República Centro-Africana são lembrados em cerimônia realizada em Bangui
Minusca/Leonel Grothe
Cinco soldados da paz da ONU que recentemente perderam suas vidas na República Centro-Africana são lembrados em cerimônia realizada em Bangui

Nações Unidas lembram funcionários detidos e desaparecidos 

Assuntos da ONU

Em todo o mundo, organização tem 20 servidores detidos ou desparecidos; secretário-geral lembra que pelo menos 10 boinas-azuis e funcionários morreram desde o início deste ano. 

Em 15 de março, 20 funcionários da ONU estavam detidos, incluindo seis pessoas presas este ano. Nas operações de manutenção da paz, pelo menos 10 boinas-azuis e funcionários perderam a vida desde janeiro. 

Todos os anos, em 25 de março, a ONU homenageia esses servidores no Dia Internacional de Solidariedade com Funcionários Detidos e Desaparecidos.  

Obstáculos 

Em mensagem, o secretário-geral, António Guterres, diz que a data destaca “os perigos extremos enfrentados por tantos colegas ao realizarem o trabalho vital das Nações Unidas.” 

Boinas-azuis brasileiros participando em missão na costa do Líbano
Unifil
Boinas-azuis brasileiros participando em missão na costa do Líbano

As ameaças vão de emboscadas a sequestros, intimidação e detenção ilegal. Guterres diz que todos “são obstáculos inaceitáveis ​​para cumprir os mandatos e promover a paz, o desenvolvimento sustentável, os direitos humanos e a assistência humanitária em todo o mundo.” 

O chefe da ONU exorta todos os países a apoiarem a Convenção de 1994 sobre a Segurança das Nações Unidas e Pessoal Associado, bem como seu Protocolo Opcional de 2005. Até o momento, apenas 95 países fazem parte da Convenção e apenas 33 do Protocolo. 

Missão 

Ele afirma que a organização continuará seus esforços para proteger o pessoal e buscar justiça. Ele também agradece o trabalho do Comitê Permanente sobre a Segurança e Independência da Função Pública Internacional do Sindicato do Pessoal da ONU.  

Amina Mohammed em homenagem a boinas-azuis que perderam a vida no Mali
Minusma/Harandane Dicko
Amina Mohammed em homenagem a boinas-azuis que perderam a vida no Mali

Neste Dia Internacional, ele diz que os Estados-membros devem fazer tudo o que puderem para “garantir que aqueles que realizam o trabalho de salvamento de vidas em todo o mundo tenham a proteção e as condições de que precisam para cumprir sua missão vital. 

Desde a fundação das Nações Unidas em 1945, centenas de homens e mulheres perderam a vida em serviço. 

Durante os anos 90, o número e a escala das missões aumentaram os perigos. Mais vidas foram perdidas durante a década de 1990 do que nas quatro décadas anteriores juntas. 

Foi nesse contexto que, em setembro de 1993, o Conselho de Segurança aprovou a primeira resolução sobre segurança do pessoal.  

O dia 25 de março foi escolhido para marcar o sequestro de Alec Collett, um ex-jornalista que trabalhava na Agência da ONU de Assistência aos Refugiados Palestinos, Unrwa, em 1985. Seu corpo foi encontrado no Vale do Becá, no Líbano, em 2009.