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Casos globais de Covid-19 aumentam pela quarta semana consecutiva  BR

Idosa no Sri Lanka recebendo vacina contra Covid-19
UNICEF
Idosa no Sri Lanka recebendo vacina contra Covid-19

Casos globais de Covid-19 aumentam pela quarta semana consecutiva 

Saúde

Número de mortes estabilizaram; Europa e Américas continuam concentrando quase oito em cada 10 diagnósticos ou óbitos; Brasil lidera em número de novos casos da doença. 

A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou esta quarta-feira que os casos confirmados de Covid-19 continuaram a aumentar em todo o mundo pela quarta semana consecutiva.  

Nos últimos sete dias, foram cerca de 3,3 milhões de novos notificações. Após um mês e meio de redução, o número de vítimas mortais estabilizou, com pouco mais de 60 mil óbitos.  

Regiões 

De acordo com a Atualização Epidemiológica Semanal,  a Europa e as Américas continuaram sendo responsáveis por quase oito em 10 de todos os casos e mortes. 

Pintura da mensagem #TodosPelasVacinas na passarela do Anhembi.
Fabio Bardella & André Michiles
Pintura da mensagem #TodosPelasVacinas na passarela do Anhembi.

A única região com queda no número de óbitos foi o Pacífico Ocidental, com uma redução de um terço, de comparada à semana anterior.  

As infecções aumentaram no Sudeste Asiático, no Pacífico Ocidental, na Europa e no Mediterrâneo Oriental.

Na África e nas Américas, a situação de novos casos é estável, mas a OMS destacou “tendências preocupantes” em alguns países.  

Os maiores números foram notificados no Brasil, com mais de 508 mil notificações, um aumento de 3%. O país é seguido pelos Estados Unidos, que teve mais de 374 mil diagnósticos, representando uma redução de 19%. 

A Europa apresentou a segunda maior queda, com 85%
FMI/Jeff Moore
A Europa apresentou a segunda maior queda, com 85%

Em terceiro lugar, a Índia com 240.082 novos pacientes, um aumento de 62%, a França teve 204.840, um crescimento de 27%. A Itália apresenta números semelhantes à semana anterior, cerca de 154.493 testes positivos.  

Variantes  

A OMS informou que a primeira nova variante, detectada no Reino Unido, está agora em 125 países, em todas as seis regiões globais. 

Segundo a agência, esta variante, VOC202012/01, pode estar associada a um aumento do risco de hospitalização, gravidade e mortalidade. 

A OMS destaca um estudo realizado entre outubro e janeiro com 55 mil pacientes. A pesquisa concluiu que a variante do Reino Unido teve uma mortalidade de 4,1 em cada mil pacientes, comparando com os 2,5 por cada mil da variante original.  

Por outro lado, testes conduzidos entre dezembro e fevereiro mostraram que as vacinas da Pfizer/BioNTech e da AstraZeneca mantiveram sua eficácia na redução de hospitalizações e óbitos causados por esta variante. 

África do Sul  

Já a variante da África do Sul, 501Y.V2, está agora em 75 países em todas as regiões. Em alguns locais, ela representa 90% de todas as amostras analisadas. 

Em Joanesburgo, na África do Sul, homens desinfetam mãos como medida de combate à Covid-19
Unicef/Michele Spatari/AFP-Services
Em Joanesburgo, na África do Sul, homens desinfetam mãos como medida de combate à Covid-19

Um estudo comparou as internações hospitalares na África do Sul durante o pico da primeira, em julho do ano passado, com a segunda onda, que atingiu o ápice em janeiro deste ano, quando a nova variante já era dominante. A pesquisa concluiu que “o risco de mortalidade intra-hospitalar aumentou 20%”. 

A OMS também refere a variante P.1, detectada pela primeira vez na cidade de Manaus, no estado do Amazonas, no Brasil. 

Na semana passada, a variante foi encontrada em mais três países, elevando o total para 41 nações. 

A OMS citou uma análise recente de hospitalizações em Manaus que indica que a variante parece ser 2,5 vezes mais transmissível, com uma baixa probabilidade de reinfecção, cerca de 6,4%.  

Em todo o mundo, até 23 de março, mais de 123 milhões de casos tinham sido confirmados. Mais de 2.7 milhões de pessoas perderam a vida.  

Até o momento, mais de 403 milhões de doses de vacina foram administradas.