Guterres “profundamente preocupado” com aumento de violência a asiáticos
Direitos humanos
Secretário-geral citou ataques fatais, assédio verbal e físico e discriminação no local de trabalho; para chefe da ONU, momento de pandemia é de desafio para todos e deve ser também de dignidade para todos.
O secretário-geral, António Guterres, está profundamente preocupado com o aumento da violência a asiáticos e descendentes de asiáticos durante a pandemia de Covid-19.
Em nota, emitida pelo seu porta-voz, o chefe da ONU diz que o mundo testemunhou ataques mortais horríveis, assédio verbal e físico, bullying nas escolas e discriminação no local de trabalho.
Ameaças
António Guterres também destaca incitação ao ódio na imprensa e redes sociais, com linguagem incendiária por pessoas em posições de poder.
Segundo Guterres, este momento de desafio para todos deve servir à defesa da dignidade de todos
Ele lembra, em alguns países, as mulheres asiáticas foram especificamente alvo de ataques, “acrescentando misoginia à mistura tóxica do ódio.”
O secretário-geral afirma que “milhares de incidentes, no ano passado, perpetuaram uma história de séculos de intolerância, estereótipos, bodes expiatórios, exploração e abuso.”
Ele também expressou total apoio às vítimas e suas famílias e enviou sua solidariedade a todos que enfrentam racismo e outras agressões.
Segundo Guterres, este momento de desafio para todos deve servir à defesa da dignidade de todos.
Discriminação
A coalizão “Stop Aapi Hate”, que documenta discriminação contra asiáticos nos Estados Unidos, recolheu mais de 2,8 mil relatos de crimes de ódio entre março e o final de 2020 no país.
O aumento relatado desses casos surgiu no início da crise do novo coronavírus que começou na cidade de Wuhan, na China.
Nas últimas semanas, a hashtag #StopAsianHate se espalhou amplamente pelas redes sociais, atraindo o apoio de muitas figuras públicas dentro e fora da comunidade asiática.