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Agências humanitárias em Moçambique relembram dois anos do ciclone Idai  BR

Vítima do ciclone Idai na Beira.
PMA/Deborah Nguyen
Vítima do ciclone Idai na Beira.

Agências humanitárias em Moçambique relembram dois anos do ciclone Idai 

Ajuda humanitária

Abel Júlio Cossa, do Programa Mundial para Alimentação, PMA, enviado à província de Sofala para apoiar resgate e distribuir comida às vítimas, testemunhou momentos marcantes ao lado da população afetada; chefe do Unfpa afirma que mulheres tiveram papel crucial para reerguer as comunidades após o desastre. 

Dois anos se passaram, mas Abel Cossa ainda lembra de tudo que viu naquele dia em que o ciclone Idai arrasou a cidade da Beira, levando destruição e mortes a um povo que já sofria os efeitos de outros desastres naturais.

O funcionário do Programa de Alimentação Mundial conversou com a ONU News sobre suas memórias e diz que sua maior satisfação foi ver as famílias se reerguerem.  

Abel Cossa, funcionário do PMA, ajudando com a distribuíção de ajuda ajuda humanitária
PMA/Rafael Campos
Abel Cossa, funcionário do PMA, ajudando com a distribuíção de ajuda ajuda humanitária

Campos 

Abel foi uma das primeiras pessoas no local após o ciclone Idai atravessar a região. Sua meta era distribuir assistência alimentar e ajudar na  reconstrução das casas e campos de cultivo destruídas pelo ciclone.

O Idai arrasou completamente quatro províncias e 50 distritos de Moçambique, afetando a vida de mais de 1,8 milhão de pessoas e inundou 700 mil hectares de plantações.  

A resposta humanitária envolveu várias agências das Nações Unidas. Entre elas, o Fundo da ONU para População, Unfpa, que apoia meninas e mulheres em ações de saúde sexual e reprodutiva. 

Distribuíção alimentar na cidade da Beira após o ciclone Idai
PMA/Rein Skullerud
Distribuíção alimentar na cidade da Beira após o ciclone Idai

A representante do Unfpa em Moçambique, Andreia Wojnar, diz que a data deve ser lembrada destacando o papel das mulheres que enfrentaram desafios únicos de género, como mães, grávidas e cuidadoras no meio de um desastre natural. 

Segundo ela, o papel das mulheres foi crucial para ajudar a reerguer as comunidades após a tragédia.  

Abel Júlio Cossa atualmente trabalha em Nhamatanda no programa de construção de resiliência “Food Assistance for Assets”, onde as famílias recebem assistência alimentar para trabalhar em suas machambas ou em recuperação de bens ativos de suas comunidades, como pontes e escolas. 

Já a chefe do Sistema ONU em Moçambique, Myrta Kaulard, afirma que "é comovente testemunhar a resiliência de mulheres, crianças, homens, que perderam entes queridos e tudo o que tinham no ciclone Idai e conseguiram se recuperar gradualmente. Sua batalha contra eventos climáticos extremos é titânica. A ONU em Moçambique está empenhada em fazer tudo o que estiver ao seu alcance para ajudar Moçambique na sua corrida pela resiliência climática e desenvolvimento sustentável".
 

De Maputo para ONU News, Ouri Pota