Angola e Timor-Leste entre um terço dos destinos de viagem fechados para conter pandemia
Novo estudo coloca o Brasil entre lugares com fronteiras parcialmente encerradas; Moçambique e Portugal implementam mais de uma medida de análise para viajantes; Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe exigem quarentena e exame PCR, que detecta o vírus.
Um terço dos 217 destinos de viagem em todo o mundo está fechado para visitantes internacionais, segundo a Organização Mundial do Turismo, OMT.
Angola e Timor-Leste são os únicos lusófonos entre os 69 locais para viajar que estão atualmente fechados. Pouco mais da metade está nessa situação há pelo menos 40 semanas, revela a nova edição do Relatório de Restrições de Viagem.
Turismo
O Brasil é a única naçao de língua portuguesa entre 73 destinos, ou 34% do total, que fecharam parcialmente as fronteiras. O país tem o Produto Interno Bruto, PIB, gerado pelo turismo na faixa entre 5% e 10% total, assim como em 80 das economias globais.

Moçambique e Portugal integram o grupo de 60 destinos implementando mais de uma medida para controlar a entrada de turistas.
Já Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tome e Príncipe estão entre os 70 locais para viajar que exigem quarentena, um grupo que corresponde a 32% do total. Muitas vezes essa medida é combinada com o pedido do exame PCR.
Cinco destinos de viagem levantaram todas as restrições devido à Covid-19: Albânia, Costa Rica, República Dominicana, Macedônia do Norte e Tanzânia. Juntos, eles correspondem a 2% do total dos lugares para viagar no mundo.

Variantes
A nova pesquisa realça que as restrições devido à pandemia sufocam o turismo. Os fechamentos são mais comuns nas regiões da Ásia e Pacífico, com 30 países, e na Europa com 15. As novas variantes da Covid-19 levaram os governos a fechar as portas aos turistas internacionais.
Para o secretário-geral da OMT, Zurab Polilikashvili, as restrições de viagens têm sido amplamente utilizadas para restringir a disseminação do vírus. Mas no momento atual, enquanto se atua para o reinício do turismo, é preciso reconhecer que estas são apenas uma parte da solução.
O representante defende medidas baseadas em dados e análises mais recentes. No entanto, a revisão deve ser “consistente para permitir o reinício seguro e responsável de um setor do qual muitos milhões de empresas e empregos dependem.”