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Opas: Américas não podem baixar a guarda contra Covid-19 após queda de casos BR

A agência da ONU nas Américas lembrou que a região foi a mais atingida pela pandemia
Agência Brasil/Marcelo Camargo
A agência da ONU nas Américas lembrou que a região foi a mais atingida pela pandemia

Opas: Américas não podem baixar a guarda contra Covid-19 após queda de casos

Saúde

Apelo é da diretora-geral da Organização Pan-Americana da Saúde, Carissa Etienne; segundo ela, a redução de 30% no nível de novas infecções se deve a menos notificações e mais imunizações nos Estados Unidos e outras partes da América do Norte; quedas no Brasil, Colômbia e Equador são de 4%.

O braço da Organização Mundial da Saúde, OMS, nas Américas alertou a população para continuar mantendo todas as medidas de prevenção contra a Covid-19 mesmo com o início da vacinação e queda de casos em alguns países da região.

Num briefing a jornalistas, a chefe da Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, Carissa Etienne, disse que o momento não é para “baixar a guarda”.

Vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde, Jarbas Barbosa
Vice-diretor da Organização Pan-Americana da Saúde, Jarbas Barbosa. Vídeo Opas

Covax

O médico brasileiro e vice-diretor-geral da Opas, Jarbas Barbosa, que também participou do briefing, explicou o mecanismo Covax, uma iniciativa da OMS e parceiros, para levar as doses aos países de rendas baixa e média.

Pela Covax, a primeira nação do mundo a receber a vacina, nesta quarta-feira, foi Gana, no oeste da África. Já na América do Sul, alguns países fizeram acordos bilaterais com as empresas farmacêuticas e já estão vacinando.

De acordo com a Opas, a Covax deve entregar os imunizantes nas Américas a partir do final deste mês e durante o próximo.

A diretora-geral da agência diz que a queda de casos na região se deve à redução de 30% de novas infecções nos Estados Unidos e a distribuição da vacina.

Covax deve entregar os imunizantes nas Américas a partir do final deste mês e durante o próximo
Opas/Karina Zambrana
Covax deve entregar os imunizantes nas Américas a partir do final deste mês e durante o próximo

Brasil

Na América do Sul, o Uruguai implementou rapidamente medidas de saúde pública para controlar o vírus após um número recorde de contaminações no início da pandemia.

Brasil, Colômbia e Equador têm uma média de 4% na queda das novas contaminações, mas alguns países estão enfrentando surtos incluindo Peru, na América do Sul, e Santa Lúcia, no Caribe.

Para a chefe da Opas, Carissa Etienne, as novas variantes que estão circulando na região indicam que deve haver mais vigilância, evitando reuniões e aglomerações.

Ela explicou que as doses são limitadas e que é preciso continuar com o uso de máscaras, com as medidas de prevenção que incluem distanciamento social. 

Na América do Sul, O Uruguai implementou rapidamente medidas de saúde pública para controlar o vírus após um número recorde de contaminações no início da pandemia
Unicef/UN0343152/Pazos
Na América do Sul, O Uruguai implementou rapidamente medidas de saúde pública para controlar o vírus após um número recorde de contaminações no início da pandemia

Prioridade

A agência da ONU nas Américas lembrou que a região foi a mais atingida pela pandemia e milhões de pessoas permanecem expostas à contaminação e à morte.

Carissa Etienne elogiou o mecanismo Covax, que deve entregar centenas de milhares de doses aos países latino-americanos e caribenhos, cadastrados para receber a imunização. O mecanismo quer disponibilizar 2 bilhões de doses em todo o mundo.

Para a Opas, as Américas ainda estão atrasadas como região para combater a pandemia. E por isso, ela pede aos líderes de todos os países que priorizem a imunização.

Segundo Etienne, as vacinas do mecanismo Covax são seguras e foram aprovadas devidamente num processo rigoroso e complexo. 

A Opas destaca ainda os riscos das novas variantes da Covid-19 e lembra que cada pessoa deve cooperar para conter o vírus e derrotar a pandemia.