Casos e mortes por Covid-19 caem em todo o mundo, diz OMS
Semana passada foi a sexta consecutiva com menos notificações e a segunda com queda no número óbitos; Unesco defende vacina como bem público e pede aos países que apostem em informação sobre a pandemia e combatam hostilidade à vacina.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, informou que a pandemia de coronavírus teve a sexta semana consecutiva com redução de novas notificações.
A análise epidemiológica da semana passada registrou 2,4 milhões de novos casos de Covid-19 no mundo. Uma queda de 11% em relação ao período anterior.
Novos casos
As Américas lideraram a baixa em notificações, com quase 19%. A seguir estão Pacífico Ocidental com 9%, Europa com 8% e África com 2,4%. Já no Mediterrâneo Oriental e o no Sudeste Asiático, houve uma alta de 6% e 2% respectivamente.
No Pacífico Ocidental houve uma diminuição de casos, mas a alta foi de cerca de 6% em óbitos pela Covid-19.
A agência da ONU ressalta que a semana fechou com 110,9 milhões de novas contaminações e 2,4 milhões de mortes. Na frente estão os Estados Unidos da América com 480.467. Já o Brasil somou 316.221 das novas infecçoes, marcando a redução de 1%. Depois estão França com 131.179, Rússia com 92.843 e Índia com 86.711 novos casos.
Vacinas
Num momento em que vários países vacinam grupos de risco e profissionais de saúde, o ritmo de produção, distribuição e aplicação de imunizantes ainda é considerado lento.
O Comitê Internacional de Bioética da Unesco e a Comissão Mundial sobre a Ética do Conhecimento Científico e Tecnologia pediram uma mudança de direção nas atuais estratégias de imunização.
Os especialistas querem que as vacinas da Covid-19 sejam consideradas um bem público global. A meta é garantir imunização para todos de forma equitativa.
Representantes dos dois órgãos de ética com um histórico em orientações sobre temas relacionados se reuniram esta quarta-feira com o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, e o professor Jeffrey Sachs da Universidade de Colúmbia.
Responsabilidade
A declaração enfatiza que, em primeiro lugar, as indústrias farmacêuticas têm a responsabilidade de compartilhar a propriedade intelectual com o apoio dos governos. A ideia é permitir que fabricantes em todos os países forneçam acesso às vacinas.
Em segundo lugar, os especialistas destacam que o benefício da imunização para o maior número de pessoas não seja considerado o único critério ético. A proposta é que a igualdade, a equidade, a proteção contra vulnerabilidade, a reciprocidade e o melhor interesse das crianças sejam levados em conta.
Outra recomendação é que as estratégias de vacinação se baseiem num modelo não obrigatório, não punitivo. Os fundamentos devem ser informação, educação e diálogo com pessoas que possam hesitar ou ser hostis à vacinação.