Alto Comissariado para Direitos Humanos pede prova de vida de princesa Latifa Al-Maktoum BR

Filha do governante de Dubai não é vista em público desde 2018, quando tentou abandonar o país; em vídeos divulgados nessa semana, ela diz estar sendo mantida refém; escritório da ONU pediu esclarecimentos.
O Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos pediu uma prova de vida e mais informações sobre o paradeiro da princesa Latifa Al-Maktoum do Dubai.
Segundo agências de notícias, a princesa não é vista em público desde 2018, quando tentou fugir do país. Essa semana, foram divulgados vídeos em que ela diz estar sendo mantida refém.
Falando a jornalistas em Genebra, a porta-voz do Alto Comissariado, Elizabeth Throssell, levantou “preocupações sobre a situação à luz das perturbadoras evidências de vídeo que surgiram esta semana.”
Segundo ela, o Alto Comissariado pediu mais informações e esclarecimentos sobre a situação atual de Latifa.
Throssel explicou que esta é uma função padrão do escritório, que deve buscar esclarecimentos sobre casos individuais dentro de seu mandato, incluindo casos que tenham atraído um foco mais amplo.
Dada esta séria preocupação com a princesa Latifa, o Alto Comissariado pede que “a resposta do governo seja uma questão prioritária.”
O escritório espera receber e considerar a resposta e, enquanto isso, continua monitorando e avaliando a situação de perto.
A porta-voz lembrou ainda uma nota do Grupo de Trabalho sobre Desaparecimentos Forçados ou Involuntários, publicada em dezembro de 2020. Na altura, o Grupo decidiu esclarecer a situação, dizendo que “está supostamente mantido em detenção incomunicável em casa de sua família em Dubai.”