OMS diz que países precisam agir rápido nesta nova fase da pandemia BR

Chefe da agência disse que novas variantes, que se espalham mais velozmente, agravam situação; painel de especialistas recomendou duas doses da vacina, com intervalo de 21 a 28 dias, mas pediu flexibilidade para nações decidirem por si próprias.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, afirmou que o mundo entrou numa nova fase da pandemia da Covid-19, onde a solidariedade é necessária como nunca.
Falando a jornalistas em Genebra, o diretor-geral da agência, Tedros Ghebreyesus, disse que os países estão “em uma corrida para salvar vidas” e que “como em qualquer crise, é preciso agir rápido e não se arrepender."
Na semana passada, a OMS publicou sua primeira Lista de Uso de Emergência para a vacina Pfizer-BioNTech. A agência também disse que foi “animador” ver o lançamento da vacina Astra-Zeneca no Reino Unido, na segunda-feira.
Nesse momento, mais de 30 nações estão imunizando suas populações de alto risco.
Esta terça-feira, o Grupo Estratégico de Especialistas em Imunização, conhecido como Sage, na sigla em inglês, se reuniu para discutir recomendações de políticas para o uso da vacina Pfizer e BioNTech.
Nas #Américas, 16 países incluindo #Brasil concordam em agilizar digitalização do setor de #saúde em reunião com #parlamentares & @pahowho; #pandemia trouxe urgência. @OPASOMSBrasil https://t.co/fWq6NVbvay
ONUNews
O presidente do grupo, Alejandro Cravioto recomendou duas doses desta vacina em um período de 21 a 28 dias. Ele reconheceu “a ausência de dados sobre segurança e eficácia após uma dose além das três a quatro semanas estudadas nos ensaios clínicos.”
Por isso, o grupo fez uma provisão para países em caso de atraso no fornecimento para uma segunda dose por algumas semanas para maximizar o número de beneficiados com a primeira dose.
Segundo Cravioto, os especialistas precisam “estar um pouco abertos a esses tipos de decisões que os países devem tomar de acordo com suas próprias situações epidemiológicas”.
Nas últimas 24 horas, membros da equipe científica internacional que investigará as origens do vírus começaram a viajar à China.
A OMS soube, no entanto, que as autoridades chinesas ainda não finalizaram as permissões para a chegada da equipe. Tedros disse estar “muito decepcionado com a notícia, pois dois membros já partiram e outros não puderam embarcar no último minuto."
O chefe da agência disse que falou já com altos funcionários chineses e, mais uma vez, deixou claro que “a missão é uma prioridade para a OMS.”
Segundo ele, funcionários chineses garantiram que o país “está acelerando o procedimento interno” para finalizar as autorizações “o mais rápido possível.”
Segundo a agência, o número de casos da Covid-19, no mundo, é tão alto nesse momento que hospitais e unidades de terapia intensiva estão lotados.
Até esta terça-feira, mais de 84 milhões de casos haviam sido notificados, em todo o globo, com mais de 1,8 milhão de mortes.
Com a chegada do inverno no Hemisfério Norte, as pessoas estão mais dentro de casa e em contato próximo, o que é mais arriscado. Ele também disse que “novas variantes, que parecem ser mais transmissíveis, estão agravando a situação"
Tedros pediu a todos os países que “aumentem os testes e o sequenciamento do vírus para que se possa monitorar e responder com eficácia a quaisquer alterações.”
O chefe da OMS diz que o mundo está "em uma corrida para prevenir infecções, reduzir casos, proteger vidas e sistemas de saúde e vidas enquanto se distribuem as vacinas, altamente eficazes e seguras, para populações de alto risco.”