
Guterres expressa choque com ataques a jornalistas em tempo de pandemia
Secretário-geral destaca papel de profissionais de informação para tomada de decisões; Comitê para a Proteção dos Jornalistas revelou que pelo menos 274 jornalistas foram presos este ano.
O secretário-geral expressou choque com o número crescente de ataques contra jornalistas e trabalhadores da mídia em todo o mundo.
Em nota emitida esta terça-feira pelo seu porta-voz, António Guterres lembra que neste período da pandemia e de restrições, aumentaram ataques a jornalistas “que apenas fazem o seu trabalho”.
Civis
Em relatório, o Comitê para a Proteção dos Jornalistas revelou que um recorde de 274 profissionais do setor foram presos até o princípio deste mês no mundo. O documento aponta haver governos reprimindo a cobertura da pandemia ou tentando reprimir notícias sobre manifestações de civis.

No ano passado, o grupo de Nova Iorque registrou 250 detenções. Entre os principais fatores das prisões estão protestos e tensões políticas, a maioria na China, na Turquia, no Egito e na Arábia Saudita.
Em meio à pandemia, o estudo menciona a ação de líderes tentando controlar reportagens e prendendo jornalistas. O documento cita pelo menos duas mortes desses profissionais após contraírem a Covid-19 sob custódia.
Muitos jornalistas foram submetidos a assédio, atos de intimidação, sanções, assassinatos e detenção arbitrária.
De acordo com a nota do chefe da ONU, muitos jornalistas foram submetidos a assédio, atos de intimidação, sanções, assassinatos e detenção arbitrária.
Impunidade
O apelo aos governos é que "libertem imediatamente os jornalistas detidos apenas por exercerem sua profissão”. Guterres reitera apelos anteriores em favor de esforços conjuntos para combater a impunidade generalizada para tais crimes.
Guterres sublinha ainda a relevância na vida cotidiana dos jornalistas e profissionais da mídia para ajudar a tomar decisões previamente informadas.
Em momento em que o mundo combate a Covid-19, o secretário-geral destaca que pode ser observado como essas decisões são cruciais e podem fazer a diferença entre a vida e a morte.
