ONU lamenta morte de 21 venezuelanos em naufrágio no Caribe
Em comunicado, alta comissária de direitos humanos, Michelle Bachelet, disse que esta é uma das maiores perdas de vida de refugiados e migrantes da Venezuela a caminho de Trinidad e Tobago; grupos de busca e resgate estão no local.
A morte de pelo menos 21 venezuelanos refugiados que tentavam chegar a Trinidad e Tobago de barco foi lamentada pelas Nações Unidas.
Em comunicado, a alta comissária de direitos humanos disse que estava “profundamente triste” com a notícia do naufrágio perto do litoral venezuelano, em 6 de dezembro.

Traficantes de seres humanos
Há receios de que mais pessoas possam ter perdido a vida. Um grupo de busca e resgate está no mar à procura de sobreviventes. Até o momento, 21 corpos foram recuperados durante o fim de semana. Dentre as vítimas estão quatro crianças. A embarcação havia zarpado da cidade de Güiria, no estado venezuelano de Sucre, a caminho da ilha caribenha, cujo ponto mais próximo dista apenas 15 km do litoral venezuelano.
A alta comissária da ONU, Michelle Bachelet, reforçou o apelo da Agência da ONU para Refugiados, Acnur, e da Organização Internacional para Migrações, OIM, para responsabilizar os traficantes de seres humanos que lançam refugiados e migrantes em jornadas perigosas e arriscadas pelo mar.
Bachelet pediu às autoridades de Trinidad e Tobago que cooperem para proteger a vida de migrantes e refugiados. Ela também defendeu uma investigação imediata e transparente do naufrágio.

Violência na Colômbia
Em nota separada sobre a situação na Colômbia, o Alto Comissariado de Direitos humanos condenou o aumento da violência por parte de grupos armados não-estatais e outros elementos contra camponeses, indígenas e afrodescendentes no país.
Michelle Bachelet pediu ao governo colombiano que proteja essas pessoas. Somente neste ano, já forma reportados 66 massacres que mataram 255 pessoas em 18 departamentos da Colômbia.
E desde janeiro, pelo menos 120 defensores de direitos humanos foram assassinados no país.