ONU e parceiros na África querem aumentar segurança para pedestres e ciclistas
Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente, Pnuma, já treinou representantes de 24 organizações sem fins lucrativos de 15 países em reforço de campanhas de proteção; África Subsaariana é líder global per capita em número de mortes nas estradas.
Uma iniciativa das Nações Unidas na África quer aumentar a segurança de pedestres e ciclistas pelas ruas do continente.
Dados da ONU revelam que a África Subsaariana tem a maior quantidade global per capita de mortes nas estradas. E a previsão é de que o número de vidas perdidas desta forma dobre para 514 mil até 2030.
Negligência
A maior parte destes óbitos está associada à negligência na segurança dos pedestres.
Na África, muitos países ainda não têm políticas de proteção ou não priorizam investimentos em infraestrutura que estabeleçam espaços para o pedestre e o ciclista em tráfego de alta velocidade.
Com a iniciativa, a ONU ajudou a treinar representantes de 24 organizações em 15 países. O chefe da Unidade de Mobilidade Sustentável do Pnuma, Rob de Jong, disse que é fundamental a cooperação entre pessoas que advogam por segurança nas estradas, aqueles que planejam as cidades e os governos nacionais.
Planejamento
O treinamento quer preparar representantes de ONGs a atuarem com autoridades e outras partes para influenciar o planejamento nas cidades africanas em favor dos pedestres e ciclistas.
O número deles aumentou desde o início da campanha para evitar conduções lotadas por causa do risco de contaminação com a Covid-19. Em Nairóbi, capital do Quênia, e sede do Pnuma, o diretor de Estradas e Transportes da cidade, Martin Eshiwani, contou que a proteção dos pedestres e dos ciclistas é uma parte importante da estratégia municipal urbanística.
Meio ambiente
Ele acredita que a parceria com a sociedade civil deverá ajudar a reduzir o número de acidentes.
Em agosto, foi adotada uma resolução da ONU incorporando a segurança nas estradas na Agenda 2030. O objetivo é encorajar os países-membros a promover mais caminhadas e viagens de bicicleta como meio de locomoção, saúde, meio ambiente e igualdade.
Lançada em 2018, a Aliança Global para Segurança nas Estradas conta com 249 membros em 92 países, 28 deles na África.