Coreia do Sul quer atingir emissão zero até 2050 para conter emergência climática
Presidente Moon Jae-in fez anúncio no Parlamento do país nesta quarta-feira; secretário-geral elogia plano e espera medidas políticas concretas; Japão também declarou seu compromisso com neutralidade climática no início da semana.
A Coreia do Sul anunciou que se tornará neutra em carbono até 2050. O presidente Moon Jae-in revelou ao Parlamento que a medida “responderia ativamente” à emergência climática atuando com a comunidade internacional.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, descreveu a medida como “um passo muito positivo”, após o Novo Pacto Verde anunciado pelo país em julho.
Exemplo
Guterres realça que com este anúncio, a 11ª maior economia do mundo e 6º maior exportador global, se junta “a um grupo crescente de grandes economias comprometidas em liderar pelo exemplo na construção de um mundo sustentável, neutro em carbono e resiliente ao clima até 2050”.
Ele disse que agora aguarda com expectativa “as medidas políticas concretas”.
Guterres citou a 26ª Cúpula da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas, COP-26, e “uma Contribuição Nacionalmente Determinada revisada para 2030, que seja mais ambiciosa e consistente com o novo compromisso com a neutralidade de carbono até 2050”.
Nesse documento, cada nação informa o que fará para reduzir as emissões nacionais e se adaptar aos impactos das mudanças climáticas.
Japão
Esta semana, o chefe das Nações Unidas declarou ter as mesmas esperanças em relação ao Japão, quando o primeiro-ministro da terceira maior economia global informou que o país se tornará neutro em carbono em 2050.
O secretário-geral revelou não ter dúvidas de que o Japão tenha “todas as ferramentas tecnológicas, financeiras e de engenharia necessárias para chegar a emissões líquidas zero nos próximas três décadas.
Desenvolvimento
Guterres expressou confiança de que o Japão também ajudará os países em desenvolvimento a alcançar o mesmo objetivo. Ele citou meios como assistência tecnológica, financiamentos público e privado para promover energias renováveis.
No início de outubro, o chefe da ONU pediu um compromisso dos Estados-membros sobre a neutralidade de carbono até 2050 e maior ambição ao apresentarem as contribuições nacionais.