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ONU marca Dia Internacional da Menina incentivando importância da diversidade  BR

Meninas em escola do Sri Lanka
Banco Mundial/Deshan Tennekoon
Meninas em escola do Sri Lanka

ONU marca Dia Internacional da Menina incentivando importância da diversidade 

Mulheres

Mensagem da vice-secretária-geral pede que seja catalisada força e poder de 600 milhões de adolescentes; Covid-19 leva 4 milhões delas a enfrentar risco de casamento precoce. 

Neste 11 de outubro, as Nações Unidas marcam o Dia Internacional da Menina incentivando a diversidade de expressão das adolescentes. 

A data foi proclamada pela Assembleia Geral em 2011, tendo em consideração a promoção dos direitos e os desafios enfrentados pelo grupo em todo o mundo.  

Amina Mohammed interage com uma menina no Djibouti, durante uma visita em 2019
Amina Mohammed interage com uma menina no Djibouti, durante uma visita em 2019, by Naçoes Unidas

Direitos Humanos 

A ONU também tem como meta atrair a atenção global para a necessidade de abordar esses obstáculos, promover o empoderamento das meninas e o respeito aos direitos humanos do grupo. 

Uma mensagem da subsecretária-geral, Amina Mohammed, realça haver pontos fortes nas adolescentes e a diversidade que estas apresentam em relação a geografia, etnia, raça, idade e deficiência.  

A vice-chefe da ONU aponta que, mesmo com as atuais “perturbações sociais e econômicas sem precedentes”, devido à Covid-10, as meninas participam em movimentos globais contra a desigualdade e pela justiça social.  

Casamento infantil  

Na expectativa da recuperação pós-pandemia, a representante defende que as sociedades sejam mais equilibradas, sustentáveis e inclusivas. Mohammed realça que “nunca foi tão importante” ampliar e desbloquear a força e o poder da atual geração de 600 milhões de adolescentes. 

Nunca foi tão importante ampliar a força e o poder da atual geração de 600 milhões de adolescentes

A mensagem menciona a liderança global de meninas em questões como “crise climática, educação para todos, casamento infantil, injustiça racial e saúde mental”. 

O apelo feito às líderes e meninas é que sejam ousadas em suas exigências e tenham confiança em seus passos. Para a vice-secretária-geral, as soluções e ideias que estes grupos projetam “são essenciais para acelerar o ritmo do progresso”. 

Amina Mohammed  recorda que apesar desses avanços existem lacunas que “detêm milhões de adolescentes em todo o mundo”. Somente duas em cada três meninas em idade escolar estão na escola, se comparadas à metade em 1998. 

Meninas em assentamento para deslocados internos de Abs, no Iêmen, que continua sendo a maior crise humanitária do mundo em 2020
Meninas em assentamento para deslocados internos de Abs, no Iêmen, que continua sendo a maior crise humanitária do mundo em 2020, Ocha/Giles Clarke

Desempenho  

Em pelo menos 20 países, quase nenhuma jovem pobre e rural completa o ensino médio.  

Já em economias de rendimento médio e alto, 14% das meninas com melhor desempenho em ciências, tecnologia e matemática tem a expectativa de trabalhar nessas áreas, em comparação com 26% de meninos com melhor desempenho. 

A representante realçou ainda que se deve reduzir as lacunas, quando 4 milhões de adolescentes estão agora em risco de casamento precoce devido à Covid-19. 

As previsões da ONU indicam que em 2021, cerca de 435 milhões de mulheres e meninas viverão com menos de US $ 1,90 por dia. Entre elas estarão 47 milhões que tenham sido empurradas para a pobreza devido à pandemia.  

A ONU está preocupada com a questão da violência física ou sexual que afeta um terço das mulheres em todo o mundo. Com a Covid-19, esses atos contra mulheres e meninas tendem a piorar, particularmente em casa.