ONU marca Dia Internacional da Menina incentivando importância da diversidade
Mensagem da vice-secretária-geral pede que seja catalisada força e poder de 600 milhões de adolescentes; Covid-19 leva 4 milhões delas a enfrentar risco de casamento precoce.
Neste 11 de outubro, as Nações Unidas marcam o Dia Internacional da Menina incentivando a diversidade de expressão das adolescentes.
A data foi proclamada pela Assembleia Geral em 2011, tendo em consideração a promoção dos direitos e os desafios enfrentados pelo grupo em todo o mundo.
Direitos Humanos
A ONU também tem como meta atrair a atenção global para a necessidade de abordar esses obstáculos, promover o empoderamento das meninas e o respeito aos direitos humanos do grupo.
Uma mensagem da subsecretária-geral, Amina Mohammed, realça haver pontos fortes nas adolescentes e a diversidade que estas apresentam em relação a geografia, etnia, raça, idade e deficiência.
A vice-chefe da ONU aponta que, mesmo com as atuais “perturbações sociais e econômicas sem precedentes”, devido à Covid-10, as meninas participam em movimentos globais contra a desigualdade e pela justiça social.
Casamento infantil
Na expectativa da recuperação pós-pandemia, a representante defende que as sociedades sejam mais equilibradas, sustentáveis e inclusivas. Mohammed realça que “nunca foi tão importante” ampliar e desbloquear a força e o poder da atual geração de 600 milhões de adolescentes.
Nunca foi tão importante ampliar a força e o poder da atual geração de 600 milhões de adolescentes
A mensagem menciona a liderança global de meninas em questões como “crise climática, educação para todos, casamento infantil, injustiça racial e saúde mental”.
O apelo feito às líderes e meninas é que sejam ousadas em suas exigências e tenham confiança em seus passos. Para a vice-secretária-geral, as soluções e ideias que estes grupos projetam “são essenciais para acelerar o ritmo do progresso”.
Amina Mohammed recorda que apesar desses avanços existem lacunas que “detêm milhões de adolescentes em todo o mundo”. Somente duas em cada três meninas em idade escolar estão na escola, se comparadas à metade em 1998.
Desempenho
Em pelo menos 20 países, quase nenhuma jovem pobre e rural completa o ensino médio.
Já em economias de rendimento médio e alto, 14% das meninas com melhor desempenho em ciências, tecnologia e matemática tem a expectativa de trabalhar nessas áreas, em comparação com 26% de meninos com melhor desempenho.
A representante realçou ainda que se deve reduzir as lacunas, quando 4 milhões de adolescentes estão agora em risco de casamento precoce devido à Covid-19.
As previsões da ONU indicam que em 2021, cerca de 435 milhões de mulheres e meninas viverão com menos de US $ 1,90 por dia. Entre elas estarão 47 milhões que tenham sido empurradas para a pobreza devido à pandemia.
A ONU está preocupada com a questão da violência física ou sexual que afeta um terço das mulheres em todo o mundo. Com a Covid-19, esses atos contra mulheres e meninas tendem a piorar, particularmente em casa.