ONU reitera apoio a Moçambique até “uma paz definitiva”
País de língua portuguesa marca Dia de Paz e Reconciliação neste 4 de outubro; enviado pessoal do secretário-geral e coordenadora residente destacam importância de inclusão de mulheres e respeito pelos direitos humanos.
Este domingo -feira, 4 de outubro, marcou o Dia de Paz e Reconciliação em Moçambique.
Em declaração conjunta, o enviado pessoal do secretário-geral e presidente do Grupo de Contacto, Mirko Manzoni, e a coordenadora residente e humanitária da ONU no país, Myrta Kaulard, felicitam o país.
Desenvolvimento
Manzoni e Kaulard reiteram “o apoio das Nações Unidas para a paz duradoura e o desenvolvimento sustentável”, dizendo que os dois objetivos “estão intimamente ligados.”
Segundo eles, “a paz é necessária para o desenvolvimento sustentável e o desenvolvimento sustentável é necessário para a paz.”
O feriado marca o fim da guerra civil de cerca de 16 anos, que arrasou o país pouco após ter sido declarada a independência. Nesta data, em 1992, o governo e o então grupo rebelde Renamo assinaram o Acordo Geral de Paz de Roma. O entendimento apoiado pela ONU acabou com o conflito que provocou a morte de cerca de 1 milhão de civis.
As Nações Unidas continuam empenhadas em fornecer assistência humanitária, apoiar as prioridades de desenvolvimento sustentável e apoiar o diálogo.
Manzoni e Kaulard afirmam que “o desenvolvimento só pode ser sustentável se for inclusivo e baseado no respeito pelos direitos humanos.”
O desenvolvimento só pode ser sustentável se for inclusivo e baseado no respeito pelos direitos humanos
Mulheres
Os dois representantes também destacam os 25 anos da 4ª Conferência Mundial sobre Mulheres, conhecida como Conferência de Pequim, e os 20 anos da Resolução 1325 do Conselho de Segurança sobre mulheres, paz e segurança.
Na declaração conjunta, as Nações Unidas “enfatizam o papel proeminente das mulheres para a paz e o desenvolvimento e da igualdade de gênero como condição necessária para a paz e o desenvolvimento sustentável.”
Manzoni e Kaulard afirmam ainda que a organização continua empenhada “em acompanhar todas as moçambicanas e todos os moçambicanos no caminho para o desenvolvimento sustentável e até que esteja assegurada uma paz definitiva.”