Escritório de Direitos Humanos quer investigação no caso de jornalista decapitado no México
Corpo de Julio Valdivia Rodríguez foi encontrado em área rural depois de desaparecer na quarta-feira; profissional trabalhava para o diário El Mondo; pelo menos quatro jornalistas foram mortos no país em 2020.
O Escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos no México condenou o assassinato por decapitação do jornalista Julio Valdivia Rodríguez no município de Tezonapa, no estado de Veracruz.
O apelo feito às autoridades mexicanas é que investiguem o caso conforme os “padrões de diligência para que o crime não continue impune”.

Ausência
Valdivia Rodríguez trabalhou como correspondente do jornal El Mundo de Córdoba, no município de Tezonapa, na região fronteiriça entre os estados de Veracruz e Oaxaca.
O escritório disse ter recebido informação de colegas do jornalista que notaram sua ausência do trabalho na manhã de quarta-feira. Depois, o corpo foi localizado decapitado em uma área rural.
A nota ressalta que a investigação exaustiva “exige que sejam esgotadas “todas as linhas de investigação possíveis, inclusive a possível conexão com a atividade jornalística” de Valdivia.
Riscos
O comunicado destaca que o assassinato e a brutalidade com que foi cometido o ato “fazem lembrar a situação de vulnerabilidade em que se encontram muitos jornalistas no México”. Eles enfrentam “graves riscos para o desempenho de uma atividade essencial para a vida democrática do país, como neste caso”.
Com o assassinato de Valdivia Rodríguez subiu para quatro o número oficial de jornalistas mortos no país em 2020.