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OMS nas Américas apoia países a implementar telemedicina durante pandemia  BR

Muitas ações presenciais, como esta na Colômbia, foram canceladas devido à pandemia
Opas
Muitas ações presenciais, como esta na Colômbia, foram canceladas devido à pandemia

OMS nas Américas apoia países a implementar telemedicina durante pandemia 

Saúde

Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, criou nova ferramenta para analisar que instituições têm capacidade para oferecer consultas a distância; plataforma foi desenvolvida com Banco Interamericano de Desenvolvimento, BID, e especialistas da Espanha.

Desde o início da pandemia e o confinamento social, muitos consultórios passaram a atender a distância por meio de um serviço de telemedicina, no qual o paciente conversa com os médicos em chamada de vídeo. 

Na América Latina e no Caribe, um novo serviço foi desenvolvido pela Opas em cooperação com o Banco Interamericano de Desenvolvimento, agências, especialistas das Américas e da Espanha. 

Muitas vezes recebemos mensagens de pessoas em quem confiamos, mas cuja origem ou veracidade não é possível determinar à primeira vista.
Novas tecnologias permitem continuar oferecendo serviços de saúde com segurança, ONU News/ Elizabeth Scaffidi

Importância 

Com a pandemia, a telemedicina ajudou a minimizar o risco de transmissão do novo coronavírus.  

Em comunicado, o diretor do Departamento de Evidência e Inteligência para Ação em Saúde da Opas, Sebastián García Saiso, disse que a telemedicina também leva o atendimento a locais remotos e sem cobertura de saúde. 

Segundo ele, “é uma forma segura e eficaz de avaliar casos suspeitos de Covid-19 e outras doenças” até que os serviços sejam retormados. 

Garcia Saiso afirma que "medir as capacidades internas é o primeiro passo para começar a implementar serviços de telemedicina e a ferramenta desenvolvida pode ser um guia para avançar nesse caminho." 

Funcionamento 

A nova plataforma caracteriza de um a quatro o nível de preparo das instituições. 

O nível um é quando não há iniciativa de telemedicina e o nível quatro é quando tudo está pronto para operar em plena capacidade. Entre esses extremos estão os níveis dois, quando há progresso, mas a instituição ainda está longe de conseguir implementar os serviços, e o três, quando existe um bom progresso e alguns serviços já podem começar. 

Além disso, a ferramenta facilita a identificação de potenciais lacunas ou áreas que requerem atenção e apoio técnico de especialistas. Também apresenta uma oportunidade para as instituições que desejam se autoavaliar redefinir suas prioridades. 

O instrumento consiste em uma série de questões organizadas em seis categorias: preparação organizacional, processos, ambiente digital, recursos humanos, aspectos regulatórios e conhecimento especializado. 

Muitos países da região e do mundo já têm iniciativas de telemedicina, mas a pandemia acelerou a necessidade

Os resultados são depois analisados por equipes multidisciplinares de especialistas, que definem os passos a seguir. 

Pandemia 

Muitos países da região e do mundo já têm iniciativas de telemedicina, mas a pandemia acelerou a necessidade de implementação de serviços virtuais em maior alcance. 

Segundo a Opas, isso criou um problema, porque os países nem sempre possuem as leis e a infraestrutura necessárias. É por isso que a ferramenta é fundamental para tornar os processos eficientes, seguros e focados no paciente. 

A ferramenta já está sendo utilizada em processos de acreditação em alguns países da região e faz parte do apoio às operações de resposta à pandemia em saúde digital da Opas e do BID.