Alta comissária da ONU elogia Venezuela por indultos presidenciais a opositores BR

Em nota, Michelle Bachelet disse que decisão de Nicolás Maduro sobre libertar 110 pessoas, a maioria políticos venezuelanos detidos por vários meses, no exílio ou sob “medidas de precaução” deverá beneficiar muitos legisladores privados de sua imunidade parlamentar, conselheiros políticos e outros.
O Escritório de Direitos Humanos da ONU elogiou a decisão do presidente da Venezuela de indultar 110 pessoas detidas ou no exílio, a maioria opositores políticos e ativistas.
Em nota, a chefe do Escritório, Michelle Bachelet, afirmou que o indulto encerra processos penais contra os perdoados e os coloca em “liberdade incondicional”.
Segundo agências de notícias, o indulto entrará em vigor imediatamente e não inclui alguns dos maiores opositores do presidente Maduro: o líder do partido Vontade Popular, Leopoldo López.
O indulto presidencial foi anunciado pelo governo como um gesto de reconciliação nacional após o impasse político entre o governo de Nicolás Maduro e a oposição liderada por Juan Guaidó.
Desde 2015, a crise política e a violência na Venezuela intensificaram-se e centenas de milhares de pessoas fugiram do país, a maioria para as nações vizinhas incluindo o Brasil.
A medida ocorre três meses antes das eleições legislativas na Venezuela.
Para a alta comissária da ONU, a decisão é um “passo positivo para abrir o espaço democrático e melhorara situação dos direitos humanos no país”.