Nações Unidas celebram Dia Internacional contra Testes Nucleares
Desde 1945, mais de 2 mil ensaios foram realizados por pelo menos oito países; Tratado Abrangente de Proibição de Testes Nucleares, de 1996, ainda não entrou em vigor.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, afirmou este sábado que “os testes nucleares são uma relíquia de outra época e que não deveriam existir no século 21.”
A declaração de Guterres marca o Dia Internacional contra Testes Nucleares neste 29 de agosto. A data ocorre desde 2010, quando o Cazaquistão decidiu fechar o local de testes Semipalatinsk.
Significado
Para Guterres, este Dia Internacional tem “um significado especial” em 2020, quando o mundo celebra os 75 anos desde o primeiro teste nuclear, denominado código Trinity, realizado em julho de 1945 nos Estados Unidos.
Desde então, mais de 2 mil ensaios foram realizados por pelo menos oito países.
O secretário-geral destacou os “efeitos profundos, prejudiciais e duradouros ao meio ambiente, saúde humana e desenvolvimento econômico de algumas das regiões mais frágeis do mundo.”
Apesar dos impactos e do amplo apoio global a uma proibição legalmente vinculativa, o Tratado Abrangente de Proibição de Testes Nucleares, de 1996, ainda não entrou em vigor.
Apelo
Mais uma vez, António Guterres pediu a todos os Estados-membros que ainda não assinaram ou ratificaram o tratado para fazê-lo “sem demora.”
Segundo o secretário-geral, “a ameaça nuclear está mais uma vez em ascensão.” Ele disse que “a proibição total dos testes nucleares é um passo essencial para prevenir as melhorias qualitativa e quantitativa das armas nucleares e para alcançar o desarmamento nuclear.”
Neste Dia Internacional, a ONU reconhece também os sobreviventes destes testes e o sofrimento que suportaram. Para o chefe da ONU, “a melhor maneira de homenagear as vítimas é evitá-los no futuro.”