OMS elogia resposta de Portugal à Covid-19 e nota melhora da situação no Brasil
Organização Mundial da Saúde destacou "aprendizado e mudança" no país europeu; especialistas dizem que Brasil deve reforçar redução da transmissão; até esta sexta-feira, mundo tinha 22,5 milhões de casos e mais de 788,5 mil óbitos.
A Organização Mundial da Saúde, OMS, destacou a situação da Covid-19 em alguns países incluindo Portugal e do Brasil. As menções ocorreram durante o mais recente informe da agência a jornalistas na sexta-feira, em Genebra.
Segundo a OMS, mais de 22,5 milhões de casos do novo coronavírus foram notificados e pelo menos 788,5 mil mortes.
Carvão

O diretor-geral da agência, Tedros Ghebreyesus realçou exemplos de países marcados por uma “recuperação saudável” após a pandemia, e que estão agindo para proteger vidas, meios de subsistência e o planeta.
O chefe da OMS sublinhou que Portugal anunciou que abolirá o uso de carvão já no próximo ano. O país reportou duas mortes entre os 253 casos relatados nas últimas 24 horas. No total, 1.786 pessoas morreram de um total de 54.701 casos em Portugal.
Tedros realçou que o progresso não significa vitória e que “a maioria das pessoas permanece suscetível a esse vírus.” A recomendação aos países é que identifiquem e previnam focos de infeção rapidamente, para evitar a transmissão comunitária e a possibilidade de novas restrições.
Ao ser perguntado sobre o Brasil, o diretor do Programa de Emergências da OMS, Mike Ryan, disse que “a situação se estabilizou um pouco”, em termos do número de infecções detectadas por semana. O país é o terceiro com o maior número de casos em nível global: 3.456.652 e 111.100 casos fatais.
Brasil
Ryan disse haver uma estabilização no aumento de casos, mas que ainda há um número muito alto, na ordem de 50 mil a 60 mil por dia, e um grande registro de mortes. O mérito para isso é atribuído a “trabalhadores da saúde e comunidades do Brasil, por tomarem as ações necessárias para estabilizar a situação”.

O médico destacou que as unidades de terapia intensiva em todo o Brasil estão sob menor pressão do que antes e houve uma redução da incidência semanal em muitas das regiões nacionais.
Para o diretor do Programa de Emergências da OMS, a questão é se “isso pode ser continuado”. Existe “uma tendência clara” de queda de casos em muitas partes, mas também áreas onde a doença é prevalente e instável em termos de transmissão no Brasil.
Transmissão
A OMS afirma que a situação vem melhorando, mas agora requer uma abordagem maior e concentrada em reduzir a transmissão e continuar protegendo o sistema de saúde.
Ryan lembrou que o Brasil é “muito grande” em termos de dimensão e que existem áreas que carecem de experiência em lidar com a situação.
Mas destacou que ainda há muito a fazer, que o sistema de saúde continua lidando com uma situação de altas taxas de positividade do que deveriam e se está perante um padrão que pode ser contornado e reduzido “nas próximas semanas”.
