Guterres pede respeito pela sentença dos acusados de matar ex-premiê libanês Rafik Hariri
Maior pena aplicada no caso foi de 21 anos a um ex-militante do grupo xiita Hezbollah; caso da explosão do carro-bomba que matou o primeiro-ministro teve mais três pessoas que foram declaradas inocentes; réus foram julgados à revelia.
O secretário-geral da ONU disse ter tomado conhecimento da condenação, pelo Tribunal Especial para o Líbano, dos réus no caso da morte do ex-primeiro-ministro Rafik Hariri num carro-bomba em 14 de fevereiro de 2005.
O veredito sobre o processo relacionado à morte de outras 21 pessoas e 226 feridos em Beirute foi anunciado esta terça-feira. Pela decisão, o militante do grupo xiita Hezbollah Salim Jamil Ayyash foi condenado a 21 anos de prisão por conspiração.
Julgamento
De acordo com agências de notícias, o tribunal decidiu declarar inocentes os réus Hassan Habib Merhi, Hussein Hassan Oneissi e Assad Hassan Sabra. Eles foram julgados à revelia desde 2014.
Na nota, António Guterres agradece “a dedicação e o árduo trabalho dos juízes e funcionários envolvidos neste caso”.
O chefe da ONU destaca ainda a “independência e a imparcialidade do Tribunal Especial para o Líbano”. A nota pede a todos que respeitem a decisão do órgão formado a pedido do Governo do Líbano e com mandato do Conselho de Segurança.
Solidariedade
O secretário-geral sublinha solidariedade às vítimas do atentado e suas famílias. Guterres realçou que o julgamento do caso é um reflexo do compromisso da comunidade internacional com a justiça pelos crimes terríveis cometidos na data.
O apelo aos países é que continuem apoiando os processos judiciais independentes que decorrem no Tribunal Especial para o Líbano.