Afeganistão e Paquistão retomam vacinação contra a pólio após pausa por Covid-19
Saúde
Cerca de 50 milhões de crianças nos dois países ficaram sem este tipo de imunização; Fundo das Nações Unidas para a Infância disse que essas vacinas salvam vidas e são essenciais para evitar outra emergência; no resto do mundo, doença está erradicada.
As campanhas de vacinação contra a poliomielite foram retomadas no Afeganistão e no Paquistão depois de serem interrompidas devido à Covid-19. A pausa deixou 50 milhões de crianças sem imunização.
A poliomielite é uma doença altamente infecciosa, incapacitante e às vezes fatal que pode ser evitada com uma vacina. Crianças menores de cinco anos são particularmente vulneráveis.
Campanhas
O Afeganistão e o Paquistão são os únicos dois países onde ainda existe esta doença.
No Afeganistão, os programas recomeçaram em três províncias em julho. Uma segunda campanha, cobrindo quase metade do país, terá início ainda em agosto.
No Paquistão, a primeira rodada de vacinações ocorreu no final de julho e chegou a cerca de 780 mil crianças. A campanha nacional está programada para começar no final deste mês.
Em comunicado, o diretor regional do Fundo das Nações Unidas para a Infância, Unicef, disse que “essas vacinas salvam vidas e são essenciais para evitar outra emergência de saúde.”
Segundo Jean Gough, nos últimos meses, “o mundo viu muito bem que os vírus não conhecem fronteiras e nenhuma criança está protegida contra a pólio até que todas as crianças estejam seguras”.
Obstáculos
Todas as campanhas de vacinação foram interrompidas no Afeganistão e no Paquistão em março para evitar o risco de transmissão de Covid-19. Como resultado, os casos de pólio chegaram a 34 no Afeganistão e 63 no Paquistão, incluindo em algumas áreas onde a doença estava erradicada.
Segundo o Unicef, as campanhas estão sendo realizadas com novas diretrizes de segurança e equipamentos de proteção, garantindo a segurança das crianças, cuidados e funcionários de saúde.
Apesar de todos os esforços estarem sendo feitos, até 1 milhão de crianças podem ficar sem vacinas, porque em algumas áreas não é possível ir de porta em porta.
O diretor regional afirmou que “apesar dos novos desafios e um retrocesso na luta contra a poliomielite por causa do Covid-19, a erradicação desta doença contagiosa está firmemente ao alcance.”