Unesco pede punição para assassinato de jornalista no México, o quarto este ano
Pablo Morrugares, que dirigia o site PM Noticias, foi morto à queima-roupa em Iguala, no sudoeste do país; o profissional, que sofria ameaças de morte desde 2015, estava acompanhado de um guarda-costa que também perdeu a vida no ataque.
A Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura, Unesco, apelou às autoridades mexicanas que investiguem o assassinato do jornalista Pablo Morrugares e do guarda-costa dele.
Os dois foram mortos na cidade de Iguala, no estado de Guerrero, localizado no sudoeste do México.
Estado de direito
Em nota, a diretora-geral da agência, Audrey Azoulay, condenou as mortes e disse que os autores dos crimes têm que ser levados à justiça.
Pablo Morrugares e o segurança particular, que ainda não teve seu nome divulgado, foram albejados no domingo num restaurante de Iguala.
O guarda-costa havia sido destacado ao profissional pelo Ministério do Interior do México como parte do mecanismo de proteção para defensores de direitos humanos e jornalistas no país.
O Observatório da Unesco sobre Jornalistas Assassinados informou que este é o quarto assassinato somente este ano, no México.
Censura
A chefe da Unesco destaca que o Estado de direito deve garantir o fim do uso da violência pelos criminosos como censura, e também tem o dever de proteger as liberdades de imprensa, de expressão e o acesso à informação.
A agência realça que o jornalista recebe ameaças de morte desde 2015 e sobreviveu a uma tentativa de assassinato um ano depois.
Para a segurança dos jornalistas, a Unesco promove iniciativas para aumentar a consciência sobre o tema em nível global, além da capacitação e aplicação do Plano de Ação da ONU sobre Segurança de Jornalistas e a Questão da Impunidade.