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Conselho de Segurança prolonga acesso humanitário ao noroeste da Síria BR

Irmãos Ahmad, de 7 anos, e Saad, de 5, cacarregam ajuda no assentamento de Fafin, em Alepo
Unicef/Ali Almatar
Irmãos Ahmad, de 7 anos, e Saad, de 5, cacarregam ajuda no assentamento de Fafin, em Alepo

Conselho de Segurança prolonga acesso humanitário ao noroeste da Síria

Ajuda humanitária

Resolução apresentada por Alemanha e França teve 12 votos a favor e 3 abstenções; resultado permite que ajuda continue sendo entregue por mais um ano através de um centro na fronteira com a Turquia.

O Conselho de Segurança renovou este sábado o mecanismo de assistência humanitária transfronteiriça da Síria por um ano.
A decisão permitirá a entrega de ajuda às populações do noroeste do país, através do centro de transbordo de Bab al Hawa, na fronteira com a Turquia.

Criança em Alepo, na Síria, onde o conflito já dura há 11 anos
Criança em Alepo, na Síria, onde o conflito já dura há nove anos, PMA/Khudr Alissa

Importância

O projeto de resolução foi o quinto texto votado esta semana. A autorização anterior tinha expirado na meia noite de sexta-feira. 

A resolução teve 12 votos a favor e três abstenções, da Rússia, China e República Dominicana.

Em nota emitida pelo seu porta-voz, o secretário-geral, António Guterres,  afirmou que "a nova autorização ajudará a garantir que a assistência humanitária para 2,8 milhões de pessoas no noroeste seja mantida até julho do próximo ano."

Segundo ele, "a assistência humanitária transfronteiriça continua a ser uma tábua de salvação para milhões de pessoas necessitadas na área e fora dela."

O chefe da ONU também reitera seu apelo a todas as partes no conflito para garantir o acesso a todas as pessoas com necessidades, de acordo com o Direito Internacional Humanitário.

Negociações

Na sua conta oficial no Twittter, o ministro do Exterior da Alemanha, que ocupa a presidência rotativa do Conselho ao lado da França, disse que o resultado “é uma boa notícia para milhões de homens, mulheres e crianças sírias.”

Heiko Maas contou que as “negociações foram difíceis” e guiadas “pelas considerações e exigências dos trabalhadores humanitários no terreno.” Segundo ele, o texto final representa “um compromisso que preserva o mecanismo de assistência humanitária transfronteiriça.”