Conselho de Segurança endossa apelo a cessar-fogo global imediato
Resolução aprova pausa humanitária de pelo menos 90 dias consecutivos em todo o mundo; medida enfatiza países em conflitos armados, situações de pós-conflito e crises humanitárias.
O Conselho de Segurança aprovou, por unanimidade, uma resolução sobre um cessar-fogo global imediato para combater a pandemia. A medida apoia os apelos feitos pelo secretário-geral António Guterres, em março, e pela Assembleia Geral, em abril.
A resolução manifesta grande preocupação com o impacto arrasador da Covid-19, especialmente em países onde ocorrem conflitos armados, que vivem um pós-conflito ou crises humanitárias.
Conflitos
O Conselho exige o fim imediato de confrontos e apela a todas as partes em conflito que façam, imediatamente, uma pausa humanitária de pelo menos 90 dias consecutivos. A meta é “permitir a passagem de ajuda humanitária.”

O texto da resolução, submetido por França e Tunísia, reconhece o Plano Global de Resposta Humanitária à Covid-19, lançado pelas Nações Unidas, “que prioriza cas pessoas na resposta”.
O Conselho considera que “a dimensão sem precedentes da pandemia provavelmente colocará em risco a manutenção da paz e segurança internacionais.”
A resolução foi adotada no dia em que a Organização Mundial da Saúde, OMS, confirmou 10.321.689 de casos de Covid-19 e 507.435 mortes.
Exceções
O texto do Conselho de Segurança diz que o cessar-fogo global não inclui operações militares contra o Estado Islâmico do Iraque e do Levante, Isil, também chamado Daesh, a Al-Qaeda e a Frente Al Nusra, ANF.
Essa medida também não se aplica a todos “os outros indivíduos, grupos, empresas e entidades associadas” a esses e outros grupos terroristas designados pelo Conselho de Segurança.
A resolução pede ao secretário-geral que ajude a garantir uma resposta acelerada do Sistema ONU e parceiros à pandemia do Covid-19, bem como informar sobre o impacto da pandemia em operações de paz e missões políticas.
De acordo com o Conselho, a ênfase especial deve ser dada às nações que mais precisam, incluindo aquelas em situações de conflito armado ou afetadas por crises humanitárias.
