Agência da ONU pede a governos para combater vetores que causam infecções BR

Brasil reúne o equivalente a 65% dos 1,6 milhão de notificações totais da dengue nas Américas; país também tem o maior número de casos de chikungunya e dengue; Opas diz que suprimentos de saúde podem ser canalizados para responder à pandemia.
A Organização Pan-Americana da Saúde, Opas, pediu aos países das Américas e do Caribe que eliminem os vetores de doenças transmitidas por mosquitos em meio à pandemia da Covid-19.
A agência informou que o Brasil teve 65% dos mais de 1,6 milhão de casos de dengue relatados nas Américas entre janeiro e maio deste ano. Pelo menos 580 pessoas morreram da doença na região.
Após o Brasil com 1.040.481 casos, estão Paraguai com 218.798, Bolívia com 82.460 e Argentina com 79.775 notificações da dengue.
Os dados regionais deste ano destacam “uma queda relativa” de 10% em relação ao mesmo período do ano passado.
Mas de janeiro a maio ocorreram 37.279 casos de chikungunya e 7.452 de Zika. O Brasil somou 95% das notificações de chikungunya registradas em 11 países e territórios da região somente este ano.
O país também concentrou a maior parte dos casos de Zika, durante o período analisado, tal como Bolívia e Guatemala. No entanto, os níveis da doença foram muito mais baixos que em 2016, quando houve o surto.
Em nota, a agência disse que com medidas de distanciamento social em vigor, as famílias devem ser incentivadas a atuar juntas e eliminar a água estagnada, os resíduos sólidos e cobrir recipientes que reservam o líquido.
Com o impacto da pandemia, que pressiona os sistemas de saúde e gestão em todo o mundo, a Opas diz que é preciso manter o combate à dengue e outras doenças transmitidas por mosquitos. Esse plano inclui gerenciamento, epidemiologia, atendimento a pacientes, laboratório, gerenciamento integrado de vetores e ambiente.
Para baixar a transmissão da dengue e fazer a profilaxia, os países das Américas são chamados a usar os recursos disponíveis com eficiência. A Opas alerta que o pessoal, o equipamento e os suprimentos provavelmente serão redirecionados para responder à pandemia.