Boina-azul da ONU assassinado em ataque à patrulha na RD Congo
Militar da Indonésia teve morte instantânea; o soldado ferido encontra-se em estado estável; polícia suspeita de milícia ADF, que já realizou centenas de assassinatos desde outubro, quando o Exército congolês intensificou ofensiva; maior operação de paz das Nações Unidas é comandada pelo general brasileiro Costa Neves.
Um boina-azul das Nações Unidas morreu e outro ficou ferido num ataque a uma patrulha da Missão da ONU na República Democrática do Congo, Monusco.
O incidente ocorreu na noite de segunda-feira em Makisabo, perto da cidade de Beni, capital da província do Kivu do Norte. A polícia suspeita da ação da ADF uma milícia que já realizou centenas de ataques. Mas o grupo não assumiu a autoria do atentado.
Recuperação
I strongly condemn the killing of a @MONUSCO peacekeeper from Indonesia in a cowardly attack in the Beni region yesterday. This crime must not go unpunished. I reiterate my gratitude to Indonesia for its strong support to the @UN and @UNPeacekeeping. pic.twitter.com/cS6aEG6q5M
Lacroix_UN
A Monusco informou que o soldado assassinado, no local, era da Indonésia. Ele participava da construção de uma ponte na área de Hululu, a 20 km da cidade de Beni. O militar ferido encontra-se estável.
Na sequência do ato, os Estados-membros do Conselho de Segurança condenaram “nos termos mais fortes” todos os ataques e provocações contra a Monusco. Os 15 países do grupo enfatizam que “ataques deliberados contra as forças de paz podem ser considerados crimes de guerra sob o direito internacional”.
O comunicado apela às autoridades congolesas que investiguem rapidamente o ato e levem os autores à justiça.
Em nota, a representante especial do secretário-geral na RD Congo e chefe da Monusco Leila Zerrougui, condenou o ato e expressou condolências à família do boina-azul e ao governo indonésio. Ela também desejou pronta recuperação ao ferido.
Vidas
Zerrougui disse que “as forças de paz arriscam suas vidas” para proteger a população civil e restaurar a paz e a estabilidade no leste da RD Congo.
Dados das Nações Unidas indicam que a milícia ADF já matou centenas de pessoas desde o final de outubro, quando o Exército da RD Congo lançou uma ofensiva contra grupos armados.