Iêmen recebe promessas de US$ 1,3 bilhão em conferência de doadores para ajuda humanitária BR

Evento virtual foi coorganizado pela ONU; Arábia Saudita, Estados Unidos, Reino Unido e Alemanha então entre os maiores doadores; comunidade humanitária diz que iemenitas reconhecem pior momento de sua história recente.
Doadores internacionais arrecadaram US$ 1,35 bilhão em ajuda humanitária para o Iêmen em evento virtual que aconteceu esta terça-feira.
A meta da conferência era alcançar US $ 2,4 bilhões para apoiar a maior operação global no país que vive um conflito entre rebeldes houthis e o governo, apoiado pela aliança liderada pela Arábia Saudita.
As Nações Unidas pretendiam angariar US$ 180 milhões para fazer frente à disseminação do novo coronavírus na nação árabe que também lida com doenças como cólera, malária, dengue e desnutrição aguda.
Do total de US$ 1,35 bilhão anunciado pelo subsecretário-geral de assistência humanitária, Mark Lowcock, a Arábia Saudita prometeu US$ 500 milhões. Já os Estados Unidos asseguraram US$ 225 milhões, o Reino Unido US$ 196 milhões e a Alemanha US$ 137 milhões.
O chefe humanitário lembrou que a situação iemenita se deve à guerra que colocou o sistema de saúde em estado de colapso. Os confrontos iniciados no final de 2014 levaram à intervenção da aliança alguns meses depois. Mais de 4 milhões de pessoas vivem como deslocadas.
Lowcock disse que além da Covid-19, o país estava diante de um colapso econômico e com problemas como infraestrutura destruída, fome, doenças e deslocamento.
O chefe humanitário destacou ainda que os próprios iemenitas reconhecem que a situação atual “é pior do que em qualquer momento de sua história recente”.
No evento também participaram o secretário-geral da ONU, António Guterres, e o príncipe Faisal bin Farhan Al Saud na qualidade de ministro das Relações Exteriores da Arábia Saudita que coorganizou o evento.