FAO anuncia ganhos na luta contra praga de gafanhotos no leste da África e no Iêmen
Agência diz que ameaças de fome permanecem com estação de chuvas fortes, em junho, durante próximas colheitas; 25 milhões de pessoas sofrerão insegurança alimentar aguda este ano.
A Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, informou que houve avanços importantes no combate à praga de gafanhotos.
Em comunicado, o diretor-geral da FAO, Qu Dongyu, disse que os ganhos ocorreram no leste da África e no Iêmen. Mas segundo ele, é preciso fazer mais para evitar uma crise de segurança alimentar.
Pandemia
A FAO tem realizado operações de vigilância e controle apesar das medidas de restrição por causa da pandemia.
Dados da agência indicam que 720 mil toneladas de cereais, que servem para alimentar 5 milhões de pessoas em um ano, foram salvas em 10 países. A medida ajudou a cerca de 350 mil lares de agricultores e pastores de rebanhos.
A FAO ressalta que apesar dos ganhos, a próxima estação de chuvas pode levar a uma segunda onda de nuvens de gafanhotos que devem passar da fase juvenil para a fase adulta em junho.
Fome
Um estudo da agência diz que 25 milhões de pessoas sofrerão de insegurança alimentar aguda e fome no segundo semestre deste ano. Este é o momento em que muitos agricultores no leste da África se preparam para a colheita.
A praga dos gafanhotos é considerada uma das pestes migratórias mais destrutivas do mundo. Um metro quadrado de terra pode abrigar até 80 milhões de gafanhotos do deserto.
Apelo
Em janeiro, a FAO lançou um apelo que agora cobre 10 países: Djibouti, Eritreia, Etiópia, Quênia, Somália, Sudão, Sudão do Sul, Uganda, Tanzânia e Iêmen.
A agência recebeu US$ 130 milhões, mas o dinheiro tem sido usado para operações de controle, que são lideradas pelos governos. A FAO ajuda com equipamentos, biopesticidas, aeronaves e treinamentos.
Nas próximas semanas, a agência divulgará uma revisão do apelo com recursos para o Irã e o Paquistão. Além de aumentar ações para a região do Sahel. O objetivo é aumentar a resposta no combate à insegurança alimentar.