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Agências da ONU investigam origem animal da covid-19 para evitar novos surtos   BR

Testes devem determinar origem do vírus
Opas/ Joshua Cogan
Testes devem determinar origem do vírus

Agências da ONU investigam origem animal da covid-19 para evitar novos surtos  

Saúde

Pesquisa é uma das recomendações feitas pelo Comitê de Emergência da OMS; até sexta-feira, agência tinha confirmado perto de 3,2 milhões de casos do novo coronavírus e a morte de mais de 224 mil pessoas.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, irá trabalhar com a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura, FAO, e a Organização Mundial da Saúde Animal para identificar a origem animal da Covid-19.

A pesquisa foi uma das recomendações feitas pelo Comitê de Emergência da OMS, que reuniu na quinta-feira e aconselhou que o vírus continue sendo considerado uma emergência de saúde publica internacional. 

Pesquisa

O novo coronavírus foi detectado, pela primeira vez, na cidade chinesa de Wuhan em dezembro. Até sexta-feira, tinham sido confirmados perto de 3,2 milhões de casos e a morte de mais de 224 mil pessoas.

Falando a jornalistas em Genebra, o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus, disse que a agência irá seguir as recomendações do Comitê. A OMS também irá investigar “o caminho de chegada à população humana, incluindo o possível papel de portadores intermediários.” 

Esse trabalho deve ser feito “através de esforços e missões cientificas conjuntas, que irão permitir intervenções precisas e uma redução do risco de eventos semelhantes no futuro.”

Fundos 

O chefe da OMS lembrou o lançamento do ACT Accelerator, que deve garantir que todas as pessoas tenham acesso a todas as ferramentas para prevenir, detectar e tratar a covid-19. Na próxima segunda-feira, a Comissão Europeia organizará uma conferência de doadores para financiar o projeto. 

Esta sexta-feira, a OMS assinou um novo acordo com o Banco Europeu de Investimento. Tedros disse que a iniciativa cobre cinco áreas principais.

Primeiro, um novo Fundo da União Europeia para a Malária, para resolver falhas no desenvolvimento de vacinas, medicamentos e diagnósticos. Embora as mortes por malária tenham caído mais da metade desde o ano 2000, o progresso parou nos últimos anos.

Antibióticos

Em segundo lugar, desenvolvimento de novos tratamentos antibacterianos. Tedros disse que “a resistência aos antibióticos é um dos desafios de saúde mais urgentes” da atualidade e pode “colocar em risco um século de progresso médico.”

O investimento no desenvolvimento de antibióticos continua a diminuir e algumas pequenas empresas de antibióticos faliram em 2019. Poucos novos antibióticos estão sendo desenvolvidos e poucos pretendem combater bactérias resistentes.

A parceria deve ainda investir na construção de sistemas de saúde resilientes, apoiar a cadeia global de suprimentos contra a covid-19 e identificar falhas de mercado em outras áreas da saúde pública, procurando formas de financiamento inovadoras.